sexta-feira, 25 de março de 2016

Desafios da Mulher Moderna

Desafios da Mulher Moderna - Sol Serenat Omnia

Não adianta. Tenho mesmo uma personalidade reflexiva e sempre aproveito essas datas comemorativas para analisar certas questões. No dia 8 de março comemoramos mundialmente o Dia da Mulher e resolvi analisar o tema. Para isso, vou pegar uma família brasileira de classe média e observar as mudanças que ocorreram ao longo dos anos.

Muito bem, a mulher que nasceu no início do século XX não tinha direito a voto e interferia de forma indireta nas decisões de seus maridos, irmãos, filhos e outros parentes ou amigos do sexo masculino. Suas funções eram ter filhos, criar e educar. Era pacata e gastava seu tempo com os afazeres domésticos. Nas horas livres fazia tricô e crochê. Não estudava, não entrava em mercados ou ambientes do gênero, afinal, mulheres de família não frequentavam esses lugares. Sua maior alegria era estar cercada pelos seis filhos da família.

Uma de suas filhas, nascida perto da década de 30 tinha um espírito mais aventureiro. Já havia meninas estudando e ela decidiu que também queria estudar. Casou cedo e logo teve filhos, como era o hábito, mas percebeu que não gostava de ficar só em casa, cuidando de afazeres domésticos e, portanto, mergulhou um pouco mais profundamente no preparo acadêmico. Lógico que essa atitude não foi vista com bons olhos pela família. Mas outras estavam fazendo o mesmo e ela seguiu em frente. Foi uma das primeiras professoras de sua cidade.

Já estamos na terceira geração e, entre a década de 40 e 50, nasceu mais uma menina na família, que agora já tem a prole reduzida para 4 crianças. Essa já é mais estimulada aos estudos, mas ainda com foco na casa. Entre aulas de matemática e português, também frequenta aulas de prendas domésticas, costura e culinária. Casa, tem dois filhos e começa a administrar uma rotina de trabalho e família.

Nascida entre as décadas de 60 e 70, a quarta geração da família já vive os reflexos do feminismo que explodiu na Europa e nos Estados Unidos e, que, mesmo que com menor força, também chegou forte ao Brasil. A realidade é outra, a família já não se preocupa nem um pouco em ensinar as artes domésticas para a doce menina. O foco agora são os estudos e os cursos extras bastante necessários, como inglês e datilografia.

A quinta geração nasce um pouco mais tarde, afinal a mãe está se dedicando ao trabalho e aos seus cursos de pós-graduação, mestrado e doutorado. Além disso, administra três jornadas de trabalho. É uma geração que nasce perto da virada para o século XXI, mergulhada em um mundo consumista que valoriza o “ter” e não o “ser’. A menina, ainda novinha, já tem seu computador, seu ipad e seu celular de última geração. Foca nos estudos e nos intercâmbios, estuda e faz vários cursos de especialização. Tarefas domésticas? O que é isso? Casar? Hum… talvez, mas um pouco mais tarde. Enfim… casa. Filhos? Hum… talvez, mas um pouco mais tarde. Enfim, lá pelos 35, 37, nasce o filho, único, porque hoje em dia está difícil.

Vamos parar nosso relato por aqui e vamos dar um rápido passeio pela Bíblia. Gosto demais do texto bíblico de Provérbios 31:10-31. Acredito que ele seja uma descrição do desejo de Deus para nós, mulheres. O texto é longo e não dá para transcrever aqui, cito apenas alguns pedaços e convido você a ler: “Se você encontrar uma esposa fiel e dedicada, achará um tesouro mais valioso que ouro e pedras preciosas… Ela sempre procura ajudar o marido… Ela compra os tecidos e faz as roupas da família. Sem se cansar, ela anda à procura da melhor comida para sua família, procurando sempre o preço mais barato. Antes de o sol raiar ela já está de pé, preparando a primeira refeição da família… Com a agulha e a linha ela faz roupas e dá aos pobres e necessitados… Suas grandes virtudes são a energia e a honra. Ela não se preocupa com a velhice. Quando ensina seus filhos ela mostra sabedoria, ensina e corrige com amor… A mulher que fizer isso deve ser elogiada diante de todos; deve receber cumprimentos e homenagens de toda a sociedade”.

Quando a gente vê o que aconteceu ao longo da história e lê um texto como esse, com certeza ficamos confusas. Afinal, especialmente nós e nossas filhas já fomos criadas, moldadas nesse contexto mais moderno e temos dificuldade de nos adaptar ao conselho bíblico. Mas, para não esticar muito o artigo, deixo a você a seguinte reflexão: será que somos mais felizes hoje? Será que nossas filhas, que levarão avante essas mudanças serão mais felizes? O que é o ideal: a forma humana de moldar a vida, ou o conselho de Deus? Pense e, se quiser, deixe seu comentário.

Graça e Paz!

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quinta-feira, 3 de março de 2016

SAÚDE: ABLD – Atrofia Braquial Lateral Direita

Saúde - Sol Serenat Omnia

Você sofre de ABLD? Está a sua igreja sendo afetada pela ABLD? O Estudo de Saúde Adventista, realizado nos Estados Unidos, mostrou que a proporção de adventistas vegetarianos é de 50%. Isso pode significar que metade da igreja não segue os princípios da reforma de saúde. E a minha pergunta é: por quê? Talvez este seja um problema mundial até pior em outros países onde certamente o índice de vegetarianismo é muito menor.

Isso dói e me parece muito estranho numa época em que a população geral está se preocupando mais com a saúde. Hoje existe uma tendência geral do público à procura de alimentos mais saudáveis, ricos em nutrientes, isentos de pesticidas, hormônios e antibióticos e que não sejam geneticamente modificados. E 50% por cento ou mais dos nossos irmãos ainda estão dormentes na questão da reforma da saúde e sofrendo de ABLD.

ABLD significa Atrofia Braquial Lateral Direita, ou atrofia do braço direito. Para aqueles que não são adventistas, o braço direito é considerado a obra da reforma da saúde dentro do corpo que é Cristo. Somos aconselhados a usar o braço direito, assim como Cristo usou o ministério de curar e depois pregou o evangelho. Assim, o braço direito, ou nosso ministério de saúde, deveria ser uma das atividades prioritárias da igreja e dos membros individualmente.

É interessante observar que muitos especialistas não adventistas não sofrem de ABLD. Recentes avanços da medicina preventiva têm sido realizados por médicos não adventistas, muitos deles ateus e evolucionistas. Por exemplo, o Dr. Esselstyn, da Clinica Cardiológica de Cleveland e o Dr Ornish foram os primeiros a provar que a doença cardíaca pode ser revertida por uma dieta estritamente vegetariana. Seus resultados foram publicados em jornais científicos com vários casos comprovados com raio X, tomografia e ultrassonografia.

Não conheço nenhum outro médico cardiologista adventista que tenha feito algo semelhante, provando que a doença das coronárias está relacionada com o estilo de vida e principalmente com a dieta e assim pode ser revertida se a dieta for corrigida. E essa é a doença que mais mata no mundo, mesmo em países em desenvolvimento e até entre os adventistas. Segundo o Dr. Fraser, do Estudo de Saúde Adventista, os membros da igreja sofrem e morrem das mesmas enfermidades que a população geral, só que morrem mais tarde.

Mas a pergunta ainda está no ar: porque grande parte da igreja não está interessada na reforma da saúde? Por que existe uma epidemia de ABLD em um tempo em que a prevenção e reversão das doenças são evidenciadas pela ciência? Minha resposta é simples, porque não fomos ensinados sobre a reforma da saúde e de que para termos saúde é necessária uma mudança de hábitos. Em muitos países, a reforma da saúde defendida pela igreja consiste apenas em não comer carne de porco, não fumar e não tomar bebidas alcoólicas. Essa tem sido a essência da reforma da saúde.

Por exemplo. Tenho sido adventista toda a minha vida, meus avós todos eles eram adventistas e pelo menos uma das minhas bisavós era adventista. Porém, só descobri que existia a reforma da saúde ao redor dos meus 18 anos. Até então não fumava, não bebia, não comia carne de porco e nem de camarão, porém, comia carne, como bom gaúcho, comia açúcar e doces sem restrição, não fazia caso de cereais refinados e nem restringia nenhum refrigerante.

Quando meu pai comprou os livros de Ellen White, em poucos meses eu li os cinco livros de saúde por ela escritos: Temperança, Conselhos sobre o Regime Alimentar, Conselhos Sobre Saúde, Medicina e Salvação e a Ciência do Bom Viver. Isto foi o bastante para mudar meu estilo de vida completamente e me inspirou a entrar na escola de medicina e finalmente me conduziu a Loma Linda, onde já estou por mais de vinte anos (como estudante primeiramente e agora como professor).

Ao voltar a estes livros e as mensagens de saúde que Ellen White foi inspirada a escrever, concluí que o regime vegetariano deveria ser promovido em nossa igreja com mais ênfase assim como os outros princípios da reforma de saúde, os oito remédios. Se a mensagem de saúde é o braço direito, então esse ministério deveria ser colocado em primeiro lugar como atividade na igreja.

Por que algumas igrejas nem mesmo tem um departamento de saúde? E por que não existe um enfoque maior na saúde do que na Música, Desbravadores, Ministério Jovem e Escola Sabatina? Um grande problema é o acúmulo de funções nos diferentes níveis hierárquicos da organização adventista. As pessoas têm o cargo de Ministério da Saúde e outros tantos junto. E mesmo na Igreja local, portanto não têm tempo de cuidar nem de sua saúde, quanto mais da saúde da igreja.

Durante cinco anos, fui o diretor do departamento de saúde de uma de nossas grandes igrejas. No final, tive um desacordo com o pastor da mesma e fiz a seguinte pergunta: por que temos um departamento de Música na igreja que custa mais de 100 mil dólares por ano e o departamento de Saúde não ganha um centavo? E quando tenho que promover meus programas de saúde tenho que tirar dinheiro do meu bolso?

Sua resposta foi rápida e bem clara: “a igreja tem uma tradição de música e procuramos mantê-la. O amigo leitor não se espantaria ao saber que pedi minha demissão. Que tipo de argumento foi este? A música é importante, e gosto muito dela, toco alguns instrumentos, canto, e já tive vários grupos musicais e instrumentais. Mas o exemplo de Jesus era de curar, ensinar e pregar.

Sei que não é fácil mudar principalmente, mas a mensagem é bem clara. “Aqueles que estão esperando pela volta do Senhor vão abandonar os alimentos cárneos; carne não fará mais parte de sua dieta. Deveríamos ter isto em mente e promover esta mensagem com firmeza. ” (Conselhos Sobre o Regime Alimentar páginas 380-381, Ellen White). Vivemos num tempo em que “os filhos das trevas são mais sábios que os filhos da luz. ” (Lucas 16:8).

Já ouviram falar da Dieta Aleluia – totalmente vegetariana – que está baseada em Genesis 1:29 promovida por cristãos não adventistas e já ouviram falar da Dieta de Daniel, promovida por vários evangélicos baseada em Daniel 1:12. Nós estamos seguindo os conselhos de Deus para estes últimos tempos?  Ou estamos todos sofrendo de ABLD, atrofiando tanto o nosso braço direito como o da igreja!

Graça e Paz!

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