segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Feliz Ano Novo!



Textos: Gênesis 19:26: Filipenses 3:12-14; Hebreus 12:2 


A – Estamos diante de mais um ano. Como o tempo passa veloz e rapidamente!...

1 – O ano passa como se fosse um mês. Os meses passam como se fosse uma semana. As semanas passam como se fosse um dia. Os dias passam como se fosse uma hora. As horas passam como se fosse um minuto. E o minuto passa como se fosse um segundo. Os que entendem desse assunto dizem que, à medida que as pessoas vão envelhecendo, o tempo passa mais célere. Para as crianças, porém, o tempo custa passar.
2 - Até parece que foi ontem que nos reunimos para receber um novo ano, e dizíamos: “Feliz Ano Novo!”... E o Ano Novo ficou velho! O ano que está passando vai ficar na história de nossas vidas.

Ilustração: Marcelo Rubem Paiva escreveu um livro com um título sui generis: “Adeus Ano Novo, Feliz Ano Velho”. Marcelo era um jovem feliz. Tinha tudo: juventude, beleza, dinheiro, saúde, filho de um deputado federal, universitário, excelente cantor e músico (naqueles dias iria gravar o seu primeiro disco), quando aconteceu a tragédia. Na última semana do ano fatídico, embriagado com outros colegas, resolveu mergulhar num rio. Subiu numa árvore e pulou de cabeça. O rio era raso. Quebrou a quinta cervical. Ficou paraplégico, para sempre. Agora, no hospital no último dia do ano, ele ouvia a canção: “Adeus Ano Velho, Feliz Ano Novo”. Mas Marcelo, consciente de sua situação, cantava: “Feliz Ano Velho, Adeus Ano Novo”. Esse é o título de seu livro. É um livro comprometedor. Ele conta no livro sobre todos os pecados do ano...

B – Queiramos ou não, o ano que está terminando vai ficar na história de nossas vidas.

C – Comparando o ano com um livro.

1 – O ano que passou foi um livro com 365 páginas. Estas páginas foram os dias
2 – Esse livro teve 12 capítulos. Esses capítulos foram os meses
3 - Cada página desse livro teve 24 linhas. Essas linhas foram as horas.
4 - Cada linha teve 60 letras. Essas letras foram os segundos.

E – Agora, é hora de pensar: O que escrevemos neste livro?

1 Coisas boas ou coisas más?
2 Coisas que agradaram a Deus ou a Satanás?
a) Neste livro, não podemos mais apagar o que escrevemos. Indelevelmente ficará na nossa história.

F – Pilatos também escreveu o livro de sua vida. – “Respondeu Pilatos: O que escrevi escrevi”. (São João 19:22).

1-Pilatos mandou escrever a frase: “Jesus Nazareno, Rei dos Judeus”, em hebraico, latim e grego, e colocou na cruz de Jesus Cristo.

a) Todos os que passavam podiam ler.
b) As autoridades religiosas dos judeus não gostaram nem um pouco e exigiram que Pilatos mudasse a frase.
c) Pilatos não mudou, mas disse: “O que escrevi, escrevi”. Ou seja: a frase não podia ser mudada.

G – O Ano Velho é um livro escrito, o qual não pode ser mudado, e o Ano Novo um livro a escrever o que quisermos nele.

1– Se não podemos apagar o que praticamos, também não devemos nos preocupar com o que passou. Se você não pode dizer: “Feliz Ano Velho!”, então cante: “O que passou, passou”.
a) O ano já passou, e não volta mais. O cristão não deve olhar para trás.

I – NÃO OLHES PARA TRÁS.

A – Os que olharam para trás.

1 – “A mulher de Ló olhou para trás e converteu-se numa estátua de sal”. (Gênesis. 19:26).

a) Os anjos conseguiram tirar a mulher de Ló de Sodoma, mas não conseguiram tirar Sodoma de dentro dela. Ela deveria ter feito isto, mas não fez. Olhou para trás e ficou transformada em uma estátua de sal.
b) Neste novo ano Cristo nos diz: “Lembrai-vos da mulher de Ló”. (Lucas 17:32).

II – OLHANDO PARA FRENTE.

A – Os que não olharam para trás.

1 – Miquéias – Não olhou para as coisas materiais.

a) Nos dias de Miquéias, havia grande apostasia em Israel. Ninguém confiava mais em ninguém. “Não creiais no amigo, nem confieis no companheiro. Guarda a porta de tua boca àquela que reclina sobre o teu peito. Porque o filho despreza o pai, a filha se levanta contra a mãe, a nora contra a sogra; os inimigos do homem são os da própria casa”. (Miquéias 7:5 e 6).
b) Não obstante, Miquéias olhava no Senhor. – “Eu, porém, olharei para o Senhor e esperarei no Deus de minha salvação; o Senhor meu Deus me ouvirá.” (Miquéias 7:7).

(1) Quantos hoje olham para as coisas materiais!
(2) Olham para os pecados dos outros.
(3) Para os erros dos membros da igreja.
(4) Olham para trás, e morrem espiritualmente...

2 – O Apóstolo Paulo. “Não que eu o tenha já recebido ou tenha obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”. (Filipenses 3:12,13 e 14)
3 – O texto é o balanço na vida de Paulo.
Ilustração: Toda Empresa que se preza e todo grande comerciante fecha pelo menos uma vez por ano para o balanço.

b) Por que balanço? Porque o empresário quer saber se obteve lucro ou prejuízo.
b) Cada fim de ano – eu imagino - Paulo fazia um balanço de sua vida espiritual. E concluía que muita coisa havia deixado de fazer. Vamos ao balanço paulino:

(1)Verso 13 – “Irmãos, quanto a mim, não jugo havê-lo alcançado”.

Aplicação: E você já alcançou tudo? Se não alcançou tudo, lembre-se de Paulo.

c) Paulo tinha a consciência de que muita coisa havia deixado por fazer...

(2) Verso 13 (parte central) – “Uma coisa faço”. Por que uma coisa? Na verdade, Paulo estava fazendo muitas coisas. Pelo menos, três coisas ele fazia. Observe:

d) Primeira coisa – “Esquecendo-me das coisas que para trás ficam”.

Aplicação: Se o ano findo foi ruim na sua vida, esqueça. Ele já passou. Aprenda com o apóstolo Paulo a esquecer das coisas ruins e difíceis que para trás ficaram.

e) Segunda coisa – “Avançando para as que diante de mim estão”.

f) Terceira coisa – Verso 14 – “Prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”.

(1) Qual era o alvo de Paulo?
- Se analisarmos todo o contexto, vamos encontrar: o alvo de Paulo era a perfeição em Jesus Cristo.

(2) Na vida cristã não existe “marcha-à-ré”.O cristão tem de andar sempre para frente.

Ilustração: O crente é como a motocicleta. Não tem marcha-à-ré. Só anda para frente e nunca para trás.

III – OLHANDO EM JESUS.

A – Precisamos deixar de olhar para os erros dos outros e contemplar aquele que nunca cometeu erro. “Olhando firmemente para o autor e consumador de nossa fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus.” (Hebreus 12:2)

1 – Quantos há que não tem prosperado na vida cristã porque ficam olhando para:

a) Atrás de si.
b) As falhas dos outros e da igreja.

2 – Deus quer que olhemos para frente e para cima, olhando firmemente em Jesus.

Conclusão:

A – Que neste ano novo não olhemos para trás.

B – Que olhemos para frente, para o alto e para o alvo – Jesus Cristo.

C – O tempo não passa. O tempo é eterno. Nós é que passamos pelo tempo.

2 – Não foi o ano que ficou velho. Fomos nós que envelhecemos 365 dias em relação ao tempo.


D – Em face disto, necessitamos usar bem o ano, os meses, as semanas, os dias, as horas, os minutos e os segundos de maneira agradável diante de Deus.

E – Que neste ano novo façamos um pacto com Deus diariamente:
1 – Lendo a Bíblia – Ano Bíblico.
2 – Estudando a Lição da Escola Sabatina.
3 – Fazendo o culto doméstico.
4 – Evangelizando e ganhando pelo menos uma alma para Deus.
5 – Sendo fiéis em tudo.
6 – Lutando para ser um bom cristão em 2010.
Feliz Ano Novo!

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Oração:

 Senhor nosso Deus e nosso Pai bondoso. Estamos no limiar de mais um ano. Queremos neste momento Te agradecer as bênçãos do ano que está passando. Se no ano que finda, fizemos alguma coisa que não Te agradou, queiras nos perdoar, Senhor. Pedimos-Te agora que continues abençoando-nos neste novo ano que estamos recebendo, a fim de que sejamos melhores pais, melhores filhos, melhores maridos, melhores esposas, melhores irmãos, melhores cristãos. Nós te pedimos em nome de Jesus. Amém!

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------
sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

NOTÍCIAS: Ellen White entra na lista de americanos mais influentes de todos os tempos.

Os 100 Americanos Mais Influentes - Sol Serenat Omnia

Foi divulgada agora em novembro uma inusitada lista com os nomes dos 100 norte-americanos mais influentes de todos os tempos. A listagem é um trabalho da Smithsonian Magazine, uma publicação que pertence aoSmithsonian Institute, e inclui a escritora adventista Ellen White. Essa instituição, criada em 1846, reúne um grupo de museus e centros de pesquisa administrados pelo governo dos Estados Unidos.

Conforme a revista, foi adotada uma metodologia criada por Steven Skiena e Charles Ward. Skiena é professor da Universidade Stony Brook e pesquisador na área de computação e Ward é um engenheiro da Google especializado em metodologias de classificação.

Como se chegou à lista?

Os dois desenvolveram um método algorítmico para classificar figuras históricas, como o Google classifica páginas da web. Só que Skiena e Ward resolveram catalogar as pessoas de acordo com a sua importância histórica, o que eles definem como “o resultado de forças sociais e culturais que agem sobre a massa de realização de um indivíduo.”

Para se chegar a esse grupo, foram pesquisadas fontes como a Wikipedia, que tem mais de 840 mil páginas dedicadas a pessoas de todos os tempos e lugares, além de dados extraídos dos 15 milhões de livros que a Google digitalizou. Eles analisaram os dados para produzir um escore único para cada pessoa e usaram uma fórmula que incorpora o número de links para cada página, o número de páginas visitadas, a duração de cada entrada e a frequência das edições para cada página.

Ellen White integrou a área que eles chamaram de figuras religiosas ao lado de outros nomes conhecidos. A listagem completa tem gente do nível de Abraham Lincoln, George Washington, Martin Luther King, Thomas Jefferson, Oprah Winfrey, entre outros.

Centenário em 2015

No próximo ano, a Igreja Adventista do Sétimo Dia no mundo vai relembrar o centenário de morte dela, que é considerada uma das maiores escritoras cristãs. Para o doutor Alberto Timm, diretor associado do Ellen White Estate, “ela é, sem dúvida, a adventista mais conhecida e influente. Sem haver ocupado qualquer função administrativa na Igreja Adventista, os conselhos de Ellen White continuam dando forma a muitos programas e a quase todas as instituições em todos os níveis da denominação. Seus escritos exaltam a Cristo e estimulam a lealdade à Bíblia como norma de todas as doutrinas e base de todas as reformas”. [Equipe ASN, Felipe Lemos]

Veja AQUI reportagem sobre centenário de Ellen White com o doutor Timm.

Graça e Paz!

--------------------------------------------------------------------------------------------------

MOTIVAÇÃO: O que fazer diante dos inimigos (Salmo 31)

Promova a Paz - Sol Serenat Omnia

Quem não possui inimigos? Parece que todos os têm. Mas se há alguém que tem mais inimigos do qualquer pessoa, se há alguém que possui muito mais adversários, esse é o cristão. O cristão tem inimigos na escola, no trabalho, na vizinhança, dentro de casa, dentro da família, e muitas vezes até dentro da sua própria igreja. O cristão tem inimigos até dentro de si mesmo. Ele tem os próprios demônios que o perseguem tentando controlar a sua mente. O cristão tem a sua própria natureza lutando contra ele mesmo!

Por isso, os Salmos são sempre muito atuais, cheios de conforto e ânimo para os cristãos que vivem em nosso tempo, em que há perigo por todos os lados. Neste salmo, podemos ver como agiram os inimigos de Davi em seu tempo, e como ele reagiu diante dos seus adversários, e como é correto agirmos nós diante de situações semelhantes.

O tom do salmo oscila entre lamento e ações de graças. Mas o salmista está procurando a proteção divina (1-8) porque chegou até a ficar doente (9-12) por causa das acusações que o pressionavam e de sua consciência de pecado (13-18). Mas finalmente, ele louva a Deus por Sua bondade pela qual ele é salvo e liberto (19-24). Portanto, o esboço natural é este: Oração (lamento) e Ações de graças, e ambos mostram um extensivo uso de repetições como um recurso literário:

I. Oração (vs. 1-18)
A. Oração pela Justiça de Jeová (vs. 1-5)
B. Expressão de Confiança (vs. 6-8)
A'. Oração pelo Favor de Jeová (vs. 9-13)
B'. Expressão de Confiança (vs. 14-18)
II. Ações de Graças (vs. 19-24)
A. Grandeza da Bondade de Deus (v. 19)
B. Razão: proteção dos fiéis (v. 19-20)
A'. Grandeza da Misericórdia de Deus (vs. 21)
B'. Razão: proteção do rei Davi (v. 21-22)
III. Apelo (v. 23-24)
A. Amai a Jeová (v. 23)
B. Sede Fortes (v. 24)

Mas, se você quiser um esboço mais didático, mais fácil de seguir para compreender e/ou pregar, então, me acompanhe nessas próximas divisões, seguidas do comentário correspondente, nos textos indicados.

I – OS ATOS DOS INIMIGOS

1. Os Inimigos Praticavam a Traição: Os ímpios armaram ciladas às ocultas contra Davi (v. 4), de tal modo que ele horrorizado pôde dizer: “Tenho ouvido a murmuração de muitos, terror por todos os lados; conspirando contra mim, tramam tirar-me a vida.” (v. 13). Pelo contexto, parece que esta era a traição de Absalão, o próprio filho de Davi que às ocultas conspirava contra o seu pai, a fim de lhe usurpar o trono. “10 Enviou Absalão emissários secretos por todas as tribos de Israel, dizendo: ‘Quando ouvirdes o som das trombetas, direis: Absalão é rei em Hebrom!’ 11 De Jerusalém foram com Absalão duzentos homens convidados, porém iam na sua simplicidade, porque nada sabiam daquele negócio. 12 Também Absalão mandou vir Aitofel, o gilonita, do conselho de Davi, da sua cidade de Gilo; enquanto ele oferecia os seus sacrifícios, tornou-se poderosa a conspirata, e crescia em número o povo que tomava o partido de Absalão.” (2Sm 15:10-12).

Geralmente, a vítima é a última a saber do que se passa. Os homens maus estavam conspirando e tramando contra o servo de Deus, buscando tirar-lhe a vida, mas ninguém lhe dizia nada diretamente, apontando os nomes principais da conspiração. Nesse momento, ninguém queria se envolver; ninguém sabia de nada; havia apenas boatos. Mas havia muita murmuração, e atrás de todo boato há um fundo de verdade. Isso tirou a paz, o sossego e a tranquilidade de Davi.

Hoje acontece o mesmo contra os filhos de Deus. Muitas vezes estamos sendo traídos, sem mesmo desconfiar do perigo que nos cerca, por causa de certas pessoas em quem confiamos. Há muita traição da parte de inimigos desconhecidos, ou de pretensos amigos. Mas nós podemos repetir confiantes as palavras do salmista, dirigindo-nos ao Protetor dos perseguidos: “Tirar-me-ás do laço que, às ocultas, me armaram, pois Tu és a minha Fortaleza” (v. 4).

2. Os Inimigos Praticavam a Idolatria. Eles eram idólatras: “adoram ídolos vãos”, disse o salmista (v. 6); eles não adoravam a Deus como Davi e todos os justos. Eles adoravam aos ídolos de pedra, madeira e ouro. Em nosso tempo, eles são mais sutis e adoram ao sexo, à tecnologia, aos artistas da televisão e do cinema, à filosofia e ao dinheiro. Eles adoram a si mesmos e a Satanás.

Mas, embora ainda exista muita sutileza na adoração de falsos ídolos, há muitos que ainda orientados pelo romanismo, adoram diretamente a ídolos em suas procissões, e exaltam à virgem Maria como sendo a “mãe de Deus”, conduzindo os seus ídolos que nada podem fazer. Multidões estão sendo enganados por falsos líderes que estimulam essa idolatria de imagens de escultura que têm boca, mas não falam; têm braços, mas estão inertes; têm ouvidos, mas nãos os ouvem, e é o nosso dever adverti-los, a fim de que sejam salvos os que temem a Deus, e O servem na ignorância.

Outros adoram os ídolos do paganismo, do budismo e do xintoísmo, talhados em pau e pedra. Eles se esquecem do Deus que os criou, e ignoram as evidências que demonstram que há um Deus de majestade e excelência, que não pode ser adorado por imagens de escultura. Eles desatendem os apelos do Espírito Santo convidando-os para a salvação.

3. Os Inimigos Praticavam a Ameaça. De acordo com o verso 21, no contexto do Salmo 31, eles sitiaram a cidade de Jerusalém, a cidade de Davi, e ele se encontrava em um grande perigo. Quando uma cidade antiga era sitiada, faltava água e alimento, que se encontravam fora da cidade. E como consequência, havia fome, crimes internos, como a morte de filhos para satisfazer aos pais que os matavam para se alimentar. Havia revoltas, e muito sofrimento, enquanto os inimigos sitiando a cidade zombavam deles e destruíam as suas cearas e tapavam os seus poços, e ameaçavam entrar, destruir a cidade e matar a todos. Mas Deus libertou a Davi e o seu reino desta situação aflitiva.

Ainda teremos de enfrentar a ameaça dos nossos inimigos antes da volta de Cristo e após o milênio. Nesse tempo, os justos estarão dentro da cidade querida, a nova Jerusalém, enquanto todos os ímpios do lado de fora estarão nos ameaçando juntamente com Satanás, sitiando “a cidade querida” com todos os preparativos de guerra para invadir a cidade de ouro e cristal. Mas então, desce fogo do céu e consome a todos. Será a mais esmagadora derrota e destruição de todos os ímpios de todos os tempos, para nunca mais se levantar a angústia por duas vezes (Ap 20:7-10).

4. Os Inimigos Praticavam a Mentira. No v. 18, o salmista revela o caráter desses homens: “Emudeçam os lábios mentirosos”; eles são mentirosos, e devem ser calados: “que se cale toda boca, e todo o mundo [de ímpios] seja culpável perante Deus.” (Rm 3:19).

Há muitos mentirosos em nosso tempo, mas você pode ter certeza de que nenhum deles é cristão. Alguém pode se dizer cristão e ainda praticar a mentira; mas isto é outra história. Pode haver um cristão professo e ser mentiroso, mas não pode haver um cristão verdadeiro e ser mentiroso, porque os mentirosos são filhos de Satanás. Disse Jesus Cristo, a uma classe de mentirosos e hipócritas: “Vós sois do Diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.” (Jo 8:44). Mas a parte que cabe aos mentirosos é “o lago que arde com fogo e enxofre, a saber a segunda morte.” (Ap 21:8).

5. Os Inimigos Praticavam o Orgulho. No v. 18, o salmista continua ainda pintando o quadro do caráter dos inimigos: “Falam insolentemente contra o justo, com arrogância e desdém.” Como se não bastasse a mentira para serem punidos os ímpios, eles ainda adicionam à mentira o pecado do orgulho, da arrogância e o desprezo dos filhos de Deus. Mas, o salmista lembra que “o Senhor preserva os fiéis, mas retribui com largueza ao soberbo” (v. 23).

Não ficarão sem castigo aqueles que menosprezam os fiéis, falando insolentemente contra eles e se levantando em tribunais para condená-los, desprezando aqueles que são preciosos à vista de Deus. Esta é a promessa divina para o cristão: “Toda arma forjada contra ti não prosperará; toda língua que ousar contra ti em juízo, tu a condenarás; esta é a herança dos servos do Senhor e o seu direito que de Mim procede, diz o Senhor.” (Is 54:17).

II – OS ATOS DE DAVI

O que deveria fazer Davi diante de tantos atos detestáveis dos seus inimigos?

1. Davi confiava em Deus. “Em Ti, Senhor, me refugio”. “Confio no Senhor.” “Quanto a mim, confio em Ti, Senhor. Eu disse: Tu és o meu Deus.” (v. 1, 6, 14)

Para Davi, Deus é SENHOR, Jeová (Yahweh, v. 1), que significa “o Eterno”. Para Davi, Deus é o seu Refúgio (v. 1). Ele é o seu Castelo forte (v. 2), uma Cidadela fortíssima (v. 2), uma Rocha inquebrantável (v. 3), a “minha Fortaleza” (v. 3, 4). Deus é o Pastor que conduz o justo pelo caminho da justiça (v. 3). Ele é o Redentor (v. 5) que me redimiu. Ele é o “Deus da verdade” (v. 5), em quem habita a plenitude do conhecimento. Ele é Onisciente, e sabe de tudo o que se passa comigo, conhece a aflição de minha alma, as angústias que me são tão próprias (v. 7). Sua presença é o esconderijo dos justos (v. 20). Ele é a nossa única Esperança (v. 24)

Se nosso Deus possui tantas e infinitas qualidades, não é de se admirar que Davi confie tanto nEle. O que é mais de admirar é que sendo Deus como Ele é de fato e de verdade, haja tantos milhões que não podem confiar nEle, porque confiam mais em si mesmos, fracos pecadores sem noção das realidades da vida espiritual. Entretanto, Deus é plenamente confiável; é Alguém que não pode falhar, fiel em todas as Suas múltiplas promessas da esperança, poderoso para cumprir tudo o que disse para o nosso bem eterno. Assim como o salmista, sempre podemos confiar em Deus.

2. Davi clamou por libertação. Ele disse: “Tirar-me-ás do laço que, às ocultas, me armaram”. “Pois tenho ouvido a murmuração de muitos, terror por todos os lados; conspirando contra mim, tramam tirar-me a vida.” (v. 4, 13). Ele era vítima de traição de seus próprios súditos e oficiais, além de ter sido traído por seu próprio filho Absalão, que procurou matá-lo para lhe usurpar o trono. Então, ele clama desse modo: “Livra-me por tua justiça. Inclina-me os ouvidos, livra-me depressa!” “Livra-me das mãos dos meus inimigos e dos meus perseguidores.” (vs. 1-2, 15úp).

“Livra-me depressa!” Davi se sentiu acossado, pressionado de todos os lados, e pediu que fosse liberto “depressa”. A pressa do pedido indica o aperto e a intensidade da aflição. Quanto maior é a dor, maior é a pressa por alívio, mais pressa por socorro. Davi pediu um “pronto socorro” numa libertação imediata e eficaz.

Entretanto, “a pressa é inimiga da perfeição”. Deus estava testando o seu servo a fim de que ele percebesse que a sua confiança ainda era fraca, e devia esperar e suportar um pouco mais a aflição, a fim de que pudesse se fortalecer. Disse Davi, reconhecendo isso mesmo: “Eu disse na minha pressa: estou excluído da Tua presença!” (v. 22). Mas mesmo quando nossos amigos, vizinhos e conhecidos nos esquecem e nos desprezam e nos alienam de sua presença (11-12), Deus nunca nos abandona. Davi vacilou em sua angústia. “Não obstante,” reconheceu ele, imediatamente: “ouviste a minha súplice voz!” (v. 22).

Quão precipitados somos muitas vezes, para julgar a Deus que é tão compassivo para conosco. Agar tinha sido despedida do seu lar, onde habitava como serva de Sara e de Abraão, com quem tivera um filho que atendia pelo nome de Ismael. Mas foram ambos, mãe e filho mandados embora pelo deserto de Berseba, porque a convivência deles não era mais suportável, visto que Ismael zombava de Isaque, o filho da promessa.

Lá estavam agora num deserto, sem água e sem alimento. Então, chegou o momento crítico, em que Agar colocou o menino Ismael, seu filho, a uma distância razoável, para que não visse morrer o menino. E chorou. “Mas Deus ouviu a voz do menino; e o Anjo de Deus chamou do céu a Agar e lhe disse: Que tens, Agar? Não temas, porque Deus ouviu a voz do menino, daí onde está. Ergue-te, levanta o rapaz, segura-o pela mão, porque eu farei dele um grande povo.” (Gn 21:17-18).
Agar chegara a um ponto em que não podia fazer nada mais, senão chorar. Não havia recursos naquele deserto, não havia possibilidade de sobrevivência. Somente um milagre poderia salvar o seu filho. E ela, em profunda angústia, desesperando até da vida, chorou, sem se lembrar de que no Céu há um Deus de amor que cuida dos Seus filhos. Quão apressados somos muitas vezes para nos considerar alienados dos planos de Deus.

3. Davi orou a Deus. Davi era um homem de oração. Ele orava muitas vezes, clamando, invocando, suplicando, adorando, externando suas aflições, derramando a sua alma diante de Deus, em Quem ele tanto confiava e esperava respostas para as sua preces, dizendo: “Inclina para mim os Teus ouvidos (v. 2). Ele tinha a certeza de que Deus ouvia as sua preces: “Ouviste a minha súplice voz, quando clamei por teu socorro” (v. 22).”

(1) Davi orou pela vitória. Esta parecia ser a situação mais embaraçosa que poderia ter vindo a Davi. Ele estava sendo humilhado por seu próprio filho Absalão (2Sm 15:10-12). Quando dois exércitos se enfrentam, a vergonha virá certamente ou para um ou para outro. Mas Davi se apega a Deus e Lhe diz, iniciando o salmo com estas palavras: “Não seja eu jamais envergonhado” “Não seja eu envergonhado, Senhor, pois te invoquei” (v. 1,17).

É uma situação muito embaraçosa ser envergonhado ou confundido, mas ele argumenta com Deus e Lhe diz por que Ele devia atender à sua prece: “pois Te invoquei!” Esta é a maior razão, este é o maior argumento que temos a nosso favor para dizer a Deus que nos atenda – porque O invocamos, a Ele o Soberano dos reis da terra, o Salvador dos aflitos, Aquele que morreu por nós na Cruz do Calvário, e está disposto a socorrer a todos os que O invocam. Disse Ele: “Invoca-me no dia da angústia; Eu te livrarei, e tu me glorificarás.” (Sl 50:15). “Invoca-me, e te responderei; anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes.” (Jr 33:3). “Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” (Rm 10:13).

Davi coloca a vergonha nos ombros merecidos dos ímpios: “Envergonhados sejam os perversos, emudecidos na morte. Emudeçam os lábios mentirosos, que falam insolentemente contra o justo, com arrogância e desdém” (v. 17-18). Vergonha era o vexame dos derrotados. Davi ora contra aqueles que eram não só os seus inimigos, mas eram também adversários de Deus, porque eram idólatras (v. 6) e perseguidores dos Seus filhos (v. 15). E Davi faz uma prece clamando pela vitória esmagadora contra os inimigos de Deus, a fim de que a vergonha seja o seu manto e o opróbrio o seu vestido.

(2) Davi orou por compaixão, e dá as razões: “Compadece-te de mim, Senhor, porque me sinto atribulado; de tristeza os meus olhos se consomem, e a minha alma e o meu corpo. Gasta-se a minha vida na tristeza, e os meus anos, em gemidos; debilita-se a minha força, por causa da minha iniquidade, e os meus ossos se consomem. Tornei-me opróbrio para todos os meus adversários, espanto para os meus vizinhos e horror para os meus conhecidos; os que me veem na rua fogem de mim. Estou esquecido no coração deles, como morto; sou como vaso quebrado.” (v. 9-12).

Davi se sentia atribulado e triste; passava por um momento de profunda melancolia, sentida no mais íntimo de sua alma, perdendo suas forças físicas. Sua vida se consumia em gemidos e na fraqueza de seus ossos, sofria as dores mais lancinantes. Ele estava doente. Era um momento de intensa depressão. E para aumentar os seus sofrimentos, os seus conhecidos, amigos e vizinhos o alienaram, o abandonaram, além de ser ridicularizado e considerado como opróbrio perante os seus adversários.

E ele dá a razão para todo esse estado de coisas: “por causa da minha iniquidade” (v. 10). Compaixão é para quem peca. Porque o pecado nos leva à miséria, e precisamos de compaixão para sermos restaurados e perdoados. Se Deus nos dá a compaixão, nos perdoa e nos restaura, então teremos muita força contra os inimigos. Então, Davi pediu a compaixão amorosa de Deus, o perdão completo dos seus pecados e foi atendido (v. 22), porque Deus nunca desampara os Seus filhos que Lhe pedem a compaixão e o perdão. Se nos aproximarmos dEle com nosso humilde pedido de compaixão, Ele Se aproximará de nós com o Seu grande e exorbitado amor.

(3) Davi orou por salvação. Deus era para Davi “cidadela fortíssima que me salve” (v. 2). “Salva-me por Tua misericórdia.” (v. 16). Há os que pregam hoje que a salvação no Antigo Testamento era pelas obras, e que a salvação no Novo Testamento é pela graça. Mas o salmista diz: “Salva-me por Tua misericórdia.” Misericórdia é compaixão despertada pela miséria alheia. Misericórdia é a graça de Deus se manifestando pela miséria do homem. Mas o mesmo salmista já dizia no Salmo 6:4: “Salva-me por Tua graça.” Davi conhecia o plano de Deus e não confiava em suas obras para obter a salvação. De fato, “porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.” (Ef 2:8-9).

A doutrina da salvação pelas obras é uma doutrina estranha que não é ensinada pela Bíblia. Desde que o pecado entrou no mundo, a salvação foi oferecida pela graça de Deus que desdobrou o plano da salvação logo aos nossos primeiros pais. Falando no Jardim do Éden, onde aconteceu para primeiro e principal pecado, porque decisivo, disse Deus: “Porei inimizade entre ti [Satanás] e a mulher [a igreja], entre a tua descendência [os filhos do Diabo (Jo 8:44)] e o seu descendente [Jesus Cristo, Filho da igreja (Gl 3:16)]. Este [Jesus] te ferirá a cabeça [após o milênio], e tu lhe ferirás o calcanhar [na Cruz].” (Gn 3:15). Estas palavras, dirigidas à serpente, contém o princípio do concerto da graça, pela qual todos os homens poderiam obter a salvação.

4. Davi se entregou a Deus. “Nas tuas mãos, entrego o meu espírito.” “Não me entregaste nas mãos do inimigo.” “Nas tuas mãos, estão os meus dias.” (v. 5, 8, 15pp). Davi se entregou nas mãos de Deus, inteiramente. Ele temia as mãos assassinas dos ímpios e perversos. Ele reconhece a libertação das mãos dos inimigos do passado, e confia presentemente que Deus o livrará das mãos dos inimigos no futuro.

Cristo mesmo usou as palavras proféticas de Davi. Quando o Salvador do mundo pendia na Cruz do Calvário, quando havia trevas espessas, relâmpagos e trovões, quando Jesus Cristo sentiu a angústia suportada pelos nossos pecados, quando fora abandonado por todos, sentindo a ira divina sobre Si mesmo, e sentindo que a morte estava chegando, Ele ainda pôde Se entregar a Deus: “Então, Jesus clamou em alta voz: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! E, dito isto, expirou.” (Lc 23:46).

Tal exemplo de renúncia, desprendimento e abnegação deve ser seguido por todos. Davi, quando foi ameaçado por seus inimigos, ele entregou o seu espírito a Deus, entregou todos os seus dias, e estava pronto a morrer se isso fosse a vontade de Deus. Mesmo Cristo, o Filho amado de Deus Se entregava diariamente a Deus para que se cumprisse a Sua vontade nEle. Mas ao chegar a hora da morte, mesmo sofrendo a ira divina sobre Si mesmo, Ele foi pronto a Se entregar a Deus, e confiar em Sua eterna justiça. E quanto a nós? Estamos dispostos a nos entregar inteiramente ao nosso amorável Criador e Redentor? Já fizemos uma entrega sem reservas ao nosso Deus?

5. Davi se regozijava. “Eu me alegrarei e regozijarei na tua benignidade, pois tens visto a minha aflição, conheceste as angústias de minha alma e não me entregaste nas mãos do inimigo; firmaste os meus pés em lugar espaçoso.” (v. 7-8). Davi se alegra na bondade de Deus porque tinha visto a sua aflição frente aos seus inimigos e o livrou deles. A vida dos cristãos é cheia de alegria, não por algum divertimento banal, não por causa das ilusões do mundo, mas porque Deus está sempre nos livrando de nossos inimigos espirituais. Ele firma os nossos pés em terreno seguro, de tal modo que podemos andar confiantes.

6. Davi louvava a Deus. “Bendito seja o Senhor, que engrandeceu a Sua misericórdia para comigo” (v. 21). Ele não só se alegrou na bondade, mas louvou a misericórdia de Deus, porque esta se engrandecera sobremaneira. Mas em que circunstâncias Davi pôde contemplar a misericórdia de Deus engrandecida? “Numa cidade sitiada!” Quando Jerusalém foi sitiada e cercada, quando Davi estava sendo ameaçado por seus inimigos, ele viu a misericórdia divina, salvando a si mesmo e a todo o povo da aliança divina.

Quando Jerusalém mais tarde foi sitiada pelo exército romano, no ano 70 DC, os cristãos puderam ver a misericórdia de engrandecida sobremaneira, porque todos eles foram preservados e salvos. E quando a cidade da nova Jerusalém for novamente sitiada pelo mais numeroso exército de todos os tempos, sitiada por um número de inimigos tão numerosos como a areia do mar, então, os justos novamente poderão louvar a misericórdia de Deus que será infinitamente engrandecida numa vitória esmagadora contra Satanás, seus demônios e todos os ímpios.

7. Davi apelou aos justos. No verso 23, Davi faz um apelo veemente a todos os que temem a Deus: “Amai o Senhor, vós todos os seus santos.” Este é o maior apelo encontrado na Bíblia: Temos que amar Aquele que nos amou antes da fundação do mundo, porque nos amou primeiro. E amor desperta amor. Se Deus nos amou, Ele espera que nós O amemos também, embora não exija isso. Mas para o nosso bem eterno, Ele nos aconselha que O amemos também.

Como devemos amar a Deus? João nos deixou claro esse ponto, quando disse: “Porque este é o amor de Deus: que guardemos os Seus mandamentos; ora, os seus mandamentos não são penosos.” (1Jo 5:3). Cristo repetiu as palavras que Ele mesmo havia dito no passado a Moisés: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento.” (Mt 22:37). Mas, para não nos deixar nenhuma dúvida, Deus relacionou o amor à adoração em forma de mandamentos. Os Dez Mandamentos foram dados para que soubéssemos como amar e adorar a Deus.

Mas apesar de termos muitas razões para amar a Deus, o salmista enfatiza também a nossa esperança: “Amai o Senhor...”, e logo dá a razão: O Senhor preserva os fiéis, mas retribui com largueza ao soberbo.” (v. 23). Estas palavras podem ser entendidas num contexto imediato para quem está sofrendo a perseguição de algum inimigo. Mas também podem ser entendidas de modo mais amplo, ou seja: Deus nos preserva para o seu Reino eterno, e fará isso de modo especial na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, quando virá para levar os fiéis ao Céu, e para retribuir aos injustos toda a injustiça feita por eles contra os justos, e então, serão destruídos todos os ímpios.

8. Davi encorajou aos cristãos, no v. 24: “Sede fortes, e revigore-se o vosso coração, vós todos que esperais no Senhor.” Estamos vivendo nos últimos dias da história deste mundo agitado. Nunca a igreja se viu tão ansiosa pelo retorno de Cristo; jamais esteve tão empenhada em trabalho missionário para proclamar a volta do Senhor Jesus Cristo. Jamais se falou tanto de esperança como agora, quando até os tímidos estão pregando que a nossa esperança está por se concretizar, em breve. Mas também enfrentamos muita oposição da parte de muitos falsos cristãos que dizem estudar a Bíblia, mas negam os seus ensinos. Sabemos que a ira de Satanás contra a igreja remanescente há de se intensificar.

Portanto, as palavras de encorajamento escritas 1.000 anos AC nos chegam como um bálsamo: “Sede fortes, e revigore-se o vosso coração, vós todos que esperais no Senhor.” (v. 24). Você espera no Senhor? Então, deve ser forte, confiando na força do Seu poder. Você espera mesmo no Senhor? Então, deve revigorar o seu coração num grande reavivamento da alma. Como? Basta confiar e buscar a Jesus Cristo que derramou o Seu precioso sangue em seu lugar, e enviou o Seu Espírito para produzir esse reavivamento.

Graça e Paz!

--------------------------------------------------------------------------------------------------

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Um Presente de Natal pra Jesus



Certa vez no ministério de Cristo aproximaram-se dEle dois de Seus discípulos – Tiago e João – acompanhados de sua mãe, e fizeram ao Salvador um pedido: "Senhor", disseram eles, "queremos que nos concedas o que Te vamos pedir." E Jesus disse: "Que quereis que vos faça?" Responderam-Lhe: "Permite-nos que na Tua glória nos assentemos um à Tua direita e outro à Tua esquerda."

Era um pedido estranho, egoísta; e o Mestre, Salvador nosso, respondeu: "Não sabeis o que pedis." E os outros discípulos se indignaram ao ouvir do pedido egoísta e interesseiro de Tiago e João.

Nós fazemos muitos pedidos a Deus. Nossas orações estão impregnadas de vários pedidos; quase que nós oramos só pedindo favores. Entretanto, nesta hora não queremos falar dos pedidos que fazemos a Deus, mas desejamos falar dos pedidos que Deus nos faz a nós. Ou mais exatamente, falaremos sobre o único pedido que Deus faz ao homem.

O Natal, como de costume, tem sido uma ocasião para se dar presentes uns aos outros. Entretanto, se o Natal é de Jesus, Ele é Quem deveria receber presentes.

O que daremos a Jesus neste Natal? Bem faríamos nós se neste Natal chegássemos aqui neste templo para, abrindo dos nossos tesouros, entregássemos as nossas ofertas ao nosso Salvador. Seria muito oportuno que no Natal a tesouraria da Igreja recebesse abundantes recursos para a obra de Jesus Cristo.

Difícil é dar presentes. Uma das coisas mais difíceis de se fazer é dar presentes. Por quê?

Os preços: São altos; nosso dinheiro é pouco. As variedades: não sabemos o que escolher. Os gostos diferentes: Será que ele/ela vai gostar? E os presenteados? Um grande número de pessoas esperando receber presentes: Para quem vamos dar? Temos nossas limitações; não podemos dar para todos!

Mas não há essa dificuldade toda se queremos presentear a Jesus, porque Ele já especificou o que Ele quer receber neste Natal, e o que Ele pede está ao alcance de todos. E hoje queremos falar sobre o mais precioso de todos os presentes que podemos entregar a Jesus. Nós o encontramos em Prov. 23:26: "Dá-me, filho meu, o teu coração."

Portanto, não precisamos ficar em dúvida a respeito do presente que o Salvador deseja de nós neste Natal, pois Ele mesmo especifica no texto lido: "Dá-Me, filho Meu, o teu coração." Este é o mais sublime pedido que você encontra na Bíblia. Na realidade, é o único pedido que Deus faz ao homem; todos os outros pedidos estão dentro deste pacote.

I – A ORIGEM DO PEDIDO

1) Esse pedido procede de um PAI

Notem as palavras: "Dá-Me, filho Meu". Ora, se eu sou o Seu filho, Ele é o meu Pai, evidentemente. O nosso relacionamento para com Deus é de Pai para filhos. Cristo mesmo nos ensinou a orar a Deus, dirigindo-nos a Ele como um Pai: "Pai nosso, que estás nos céus" (Mt 6:9).

Graças a Deus, podemos nos aproximar dEle, chamando-O de Pai. E Ele compreende tudo quanto isso implica. O pai conhece o filho, e Deus conhece muito bem os Seus filhos. A Bíblia nos diz que Ele conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó. (Sal. 103:14). E uma vez que Ele conhece a nossa estrutura, sabe de nossas fragilidades, está ciente de nossas limitações. Ele conhece todos os nossos pecados ocultos, sabe de todas as nossas más inclinações. Conhece todas as nossas boas intenções também.

Mas é admirável que conhecendo-nos assim, Ele não nos trata como merecemos. Diz a Bíblia que Deus não nos trata segundo os nossos pecados, e nem nos retribui consoante as nossas iniquidades. Como é que Ele nos trata? "Como um pai se compadece dos seus filhos, assim o Senhor Se compadece" de nós outros. Eu me alegro muito na Sua compaixão e misericórdia: Ele é o nosso Pai amorável e a Sua misericórdia é de eternidade a eternidade.

Aqueles que têm o privilégio de ser pais podem melhor compreender esse relacionamento de Deus conosco. Podem sentir o seu próprio amor para com os seus filhos, e o amor de Deus para consigo. Tudo quanto a palavra pai significa Deus cumpre em nós, por nós e para nós, e muito mais que isso.

Mas se Deus é um Pai de amor e misericórdia, e se Ele nos fizesse um pedido, como haveríamos nós de negar o Seu pedido? Não temos outra alternativa, em vista do Seu maravilhoso amor, senão de atender o Seu pedido.

2) Esse pedido procede dAquele que é o PROPRIETÁRIO

Sim, Ele é o Proprietário não só da pessoa a quem Ele Se dirige mas também do coração que Ele pede. "Dá-Me, filho Meu". Deus Se dirige a nós e diz: "filho meu". Ou seja: Você é Meu, você é Meu filho! O apóstolo Paulo disse certa vez: "Não sois de vós mesmos" (1Co 6:19). Somos propriedade de Deus, não nos pertencemos.

Nós pertencemos a Deus por duas razões:

a) Primeiro, pela CRIAÇÃO, porque Ele nos criou, Ele nos formou com Suas próprias mãos, e tudo quanto Ele criou pertence a Ele – somos dEle pela criação. "Ao Senhor pertence ... o mundo e os que nele habitam". "Sabei que o Senhor é Deus; foi Ele quem nos fez, e dEle somos; somos o Seu povo e rebanho do Seu pastoreio" (Sl 24:1; Sl 100:3).

b) Em 2º lugar, pertencemos a Deus pela REDENÇÃO. O apóstolo Paulo afirmou: "Porque fostes comprados por preço" (1Co 6:20), um preço infinito. E qual foi o preço? O sangue de Jesus Cristo. Ele mesmo é o nosso Criador e o nosso Redentor. Que grande Proprietário nós temos em Cristo! Ele nos criou, e quando nós nos perdemos pelo pecado, Ele nos comprou novamente.

Se Ele é o Criador, Ele sabe o que é melhor para nós; Se Ele é o Redentor, Ele deseja o melhor para nós; Ele agora apenas faz um pedido: "Dá-Me, filho Meu, o teu coração".

c) Pertencemos a Deus pela Criação, pela Redenção; e Ele agora deseja que sejamos dEle por ESCOLHA.

Temos a capacidade de escolher servir o nosso Salvador. Ele nos conferiu o livre arbítrio. Quando Ele nos faz o pedido: "Dá-Me, filho Meu, o teu coração", devemos atender à Sua voz suplicante e amorosa, entregando-Lhe o coração, usando o livre arbítrio, escolhendo a Jesus como o nosso grande Proprietário.

E se nós já pertencemos a Ele, o que nos custaria entregar o coração? Então seríamos completamente dEle.

II – O PEDIDO DO PAI: O CORAÇÃO

Vamos pensar agora sobre o Pedido do Pai, o presente que daremos a Quem está de aniversário, de Natal. A Bíblia tem muito a dizer sobre o coração.

1) O que é o coração? Para a Ciência: é uma víscera, um órgão. Para a Fisiologia: é um músculo. A Medicina vê no coração uma bomba que distribui o sangue para todo o organismo.

Mas no sentido bíblico (e esse é agora o sentido universal), no sentido figurado: O coração é a fonte dos nossos pensamentos, dos sentimentos. É a sede da vontade, a origem de nossas afeições. Portanto, o coração no sentido bíblico é a mente. Deus pede a nossa mente, a fonte dos pensamentos, a origem de nossa vontade. Quando Deus pede o coração, Ele quer dizer a mente completa, a nossa vontade, o nosso eu individual.

Se nós dermos o nosso eu individual, se dermos a nossa vontade, se dermos a nossa mente sem reservas, teremos dado tudo o que somos, tudo o que temos.

2) Descrição Bíblica.

A Bíblia não faz nenhum elogio ao coração do homem. Disse o profeta Jeremias: "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?" Jer. 17:9. E Cristo completou: "Porque de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura" (Mar. 7:21, 22).

A Bíblia fala muito sobre o coração; ela descreve o coração com muitos adjetivos. Numa Concordância Bíblica encontrei os seguintes atributos que descrevem os vários estados do coração humano:

Coração em guerra - (Sal. 55:21)
Coração ímpio - (Jó 36:13)
Coração insensato - (Sal. 14:1)
Alegre - (Prov. 17:22)
Triste - (Neem. 2:2)
Ferido - (Sal. 109:22)
Turbado - (Sal. 143:4)
Perverso - (Prov. 17:20)
Maligno - (Prov. 26:23)
Enganado - (Isa. 44:20)
Seduzido - (Jó 31:9)
Fraco - (Ezeq. 16:30)
Enfermo - (Isa. 1:5)
Ousado - (II Crôn. 17:6)
Soberbo - (II Crôn. 25:19)
Exaltado - (II Crôn. 32:25)

Mas a Bíblia fala de uma qualidade estranha que encontramos em Zac. 7:12: "Sim, fizeram o seu coração duro como diamante para que não ouvissem a lei, nem as palavras que o Senhor dos Exércitos enviara pelo seu Espírito, mediante os profetas que nos precederam." Zacarias fala de corações duros como diamante. Diamante é a coisa mais dura que existe. Nada pode riscar o diamante, porque ele é que risca tudo de tão duro que é.

O coração duro como diamante é um coração insensível, que não mais responde aos apelos do Espírito Santo. Como isso acontece? O coração fica endurecido pelo "engano do pecado". O orgulho endurece o coração, e o torna insensível ao toque do Espírito Santo.

Mas, amigos, embora tão tristemente qualificado, Deus assim mesmo pede o nosso coração. "Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo; pelo contrário, exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado." (Hb 3:12-13).

Se você sente o chamado, se você ainda ouve a voz de Deus falando à sua consciência, ainda há esperança. Ele continua dizendo: "Dá-M, filho Meu, o teu coração!"

3) O que Deus não pede: Deus não pede Dinheiro: Muitos são pobres e não poderiam se salvar, se esta fosse a condição e o pedido. Ele não pede Filhos: Deus não pede filhos, como o deus Moloque, a quem os amonitas sacrificavam seus próprios filhos. Muitos não podem ter filhos; seria um pedido impossível. Deus também não pede a nossa Cultura: Muitos não puderam estudar numa faculdade. Ele não pede Sacrifício: Jesus Cristo já morreu na cruz para nos salvar.

4) O que Deus pede? Deus pede apenas o coração. Um coração é alo que todos têm: Ricos e pobres, sábios ou iletrados, fracos ou fortes – todos têm um coração para dar. É um pedido que todos podem dar: Deus não pede o que nos é impossível. Ele conhece as nossas limitações, e só pede o que está ao nosso alcance. Entretanto, Deus pede, mas não exige. Ele não força a nossa vontade. Ele respeita o nosso livre arbítrio.

III – POR QUE DEUS PEDE O CORAÇÃO?

Por que Ele quer um coração enfermo, maligno, pecaminoso, triste? Por que Deus pede esse coração rebelde, em guerra, esse coração turbado, enganoso? Temos a Sua resposta em Ezeq. 36:26, 27: "Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne." Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis."

Não poderia haver coisa mais sublime, mais elevada e nobre: Você já viu coisa igual? Alguém já lhe disse: "Dá-me a sua casa velha, porque eu quero lhe dar uma casa nova!" "Dá-me o seu carro velho, porque eu vou lhe dar um carro novinho em folha!" "Dá-me o seu terno velho, que eu darei a você um novo terno!" "Me dá esse seu sapato imprestável, eu lhe darei um sapato novo!"

Houve um encontro entre dois famosos doutores. O Dr. Christian Barnard entrou no quarto onde jazia o paciente de transplante cardíaco, o Dr. Blaiberg. O silêncio entre os dois homens foi a primeira coisa a ocorrer. O Dr. Christian Barnard, dirigindo-se para o Dr. Blaiberg, perguntou: "O senhor apreciaria ver o seu velho coração?" Blaiberg hesitou e respondeu: "Apreciaria, sim."

O Dr. Barnard deixou o quarto de seu paciente, desceu as escadarias de mármore que davam acesso ao laboratório e cuidadosamente tomou o vidro que guardava em solução o coração de Blaiberg. Segurou este vidro, subiu as escadarias e entrou ao quarto de Blaiberg. O silêncio voltou. Depois que os dois homens se entreolharam, Blaiberg estendeu as mãos para segurar o vidro onde estava o seu velho coração. As mãos trêmulas, e com voz entrecortada de soluços, disse para o Dr. Barnard: "Doutor, leve de volta este velho coração que tanto trabalho deu quando pulsava dentro do meu peito. Eu tenho agora um novo coração."

Você hoje pode dizer: "Eu tenho agora um novo coração!"? Deus pede seu velho coração para trocá-lo por um novo coração. Deus hoje nos diz: "Dá-Me, filho Meu, o teu coração", para que Eu possa trocá-lo por um novo coração. Dá-Me o seu coração cansado; Dá-Me o seu coração triste, abatido, esse coração poluído pelo pecado, esse coração fraco e tremente, que Eu lhe darei um novo coração.

Deus faz isto porque Ele é Pai. O pai tem prazer em dar coisas novas para o filho. Deus é Amor: Só o amor infinito poderia conceber tal dom – o dom de um novo coração, que resulta em uma nova vida, um novo caráter transformado à imagem de nosso Criador.

IV – PARA QUEM DAREMOS O CORAÇÃO?

Há outro ser, que é Satanás – um poder antagônico a Deus, que também deseja o nosso coração. Ele é o inimigo de nossas almas e ele quer o nosso coração para levá-lo à ruína. Ele não manifesta amor, mas ódio. Ele não pede, ele exige. Ele usa a força – luta com insistência para ganhar o nosso coração.

Deus que poderia usar a força por ser o Pai, por ser o Proprietário legítimo, Ele não usa a compulsão, mas Ele pede, Ele solicita. "Não por força, nem por poder, mas pelo Meu Espírito, diz o Senhor" (Zac. 4:6). Qual será a nossa decisão? Para quem você dará o seu coração? A Bíblia diz: "Hoje se ouvirdes a Sua voz, não endureçais o vosso coração" (Hb 4:7).

Para quem daremos o coração? 1) Saul deu o seu coração a Satanás, e o seu fim foi o suicídio. 2) Judas permitiu ao Diabo entrar em seu coração e se suicidou. 3) Demas amou o presente século, pôs o seu coração nas coisas do mundo e se perdeu. 4) Davi entregou o seu coração a Deus. Sua oração foi: "Cria em mim, ó Deus, um coração puro" (Sal. 51:10), e foi chamado depois de "o homem segundo o coração de Deus" (At 13:22). 5) Moisés entregou seu coração a Deus, de preferência a gozar os prazeres transitórios do pecado (Hb 11:25). Hoje ele está no Céu. 6) Enoque hoje ainda vive, e se encontra também no mesmo Céu porque escolheu a Deus por ser o proprietário de seu coração.

CONCLUSÃO

E quanto a você? Pode ser que você já pertença à Igreja de Cristo; então de fato você é um filho salvo, mas Deus pede: "Dá-Me, filho Meu, o teu coração". Pode ser que você já foi batizado, mas depois, esquecendo sua decisão, você entregou seu coração ao mal, ao pecado e às coisas deste mundo, e você hoje é um filho pródigo, e por isso com mais razão, Deus pede: "Dá-Me, filho Meu, o teu coração". Pode ser que você esteja vindo à Igreja, mas ainda não entregou o seu coração a Jesus Cristo, e neste caso você é um filho a ser adotado na família divina, e especialmente Deus pede: "Dá-Me, filho Meu, o teu coração".

Você gostaria de entregar hoje o seu coração a Deus? Você gostaria que Jesus Cristo entrasse na sua vida, realizando uma transformação completa, trocando o seu velho coração por um novo? Como você responderá ao pedido de Deus: “Dá-Me, filho Meu, o teu coração”?

Qual será a sua resposta? “Hoje se ouvirdes a Sua voz, não endureçais o vosso coração” (Hb 4:7).

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------



sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

POLÍTICA: A reaproximação entre EUA e Cuba do ponto de vista bíblico.


EUA/Cuba - Sol Serenat Omnia

Brasília, DF … [ASN] Repercutirá ainda hoje, durante o dia, notícia veiculada amplamente pelas agências internacionais sobre reaproximação diplomática entre Cuba e os Estados Unidos. Segundo alguns veículos de comunicação, a negociação foi feita pelo Canadá e pelo papa Francisco. Uma série de mudanças ampliará o comércio e o fluxo de pessoas entre os dois países e colocará fim a um período de cinco décadas de brigas, embargos econômicos e afastamento entre os dois países. Para os adventistas, esse episódio histórico tem implicações no aspecto teológico e profético conforme a Bíblia.

É preciso compreender esse fato dentro de um contexto geopolítico maior. E quem explica é o pastor Rafael Rossi, diretor sul-americano de Comunicação da Igreja Adventista, palestrante reconhecido sobre profecias apocalípticas e autor da série de estudos Apocalipse – O Fim Revelado. Conforme Rossi, “em Apocalipse 13 encontramos duas bestas. Na profecia bíblica besta sempre significa poder ou reino que está em oposição ao reino de Deus. É uma marca de rebelião e abandono dos princípios de Deus. Uma das bestas representa o poder religioso que teve a sua supremacia por 1260 anos, foi ferida e sobreviveu. Já a segunda besta é representada por um poder político. Todas as características apresentadas na Bíblia se cumprem com o surgimento dos Estados Unidos. Tornou-se nação em 1776 em um território não habitado por outra nação civilizada, ou seja, o segundo poder surgiu da terra e não do mar como a primeira besta. Mar, de acordo com Apocalipse 17:15, significa lugar povoado e terra o oposto”.

União das bestas apocalípticas

Para o teólogo, que se fundamenta em estudos com essa mesma interpretação já feitos há muitos anos, em seu começo os Estados Unidos, profeticamente, falavam como cordeiro, símbolo de seus ideais de liberdade, porém ele entende que chegará o momento em que a profecia diz que o poder político representado pelos Estados Unidos falará como dragão. Ou seja, agirá de uma forma radicalmente diferente.

“A segunda besta se unirá a primeira besta e diz o Apocalipse que ’.. faz com que a terra e os seus habitantes adorem a primeira besta, cuja ferida mortal fora curada’. Apocalipse 13:12. ‘E lhe foi dado comunicar fôlego à imagem da besta, para que não só a imagem falasse, como ainda fizesse morrer quantos não adorassem a imagem da besta’, conforme Apocalipse 13:15. Haverá a união entre as duas bestas, que somarão suas forças políticas e religiosas nos tempos finais da história do mundo. E isso vemos claramente em nossos dias. As relações entre os Estados Unidos e o Vaticano estão se tornando cada vez mais estreitas. A aproximação iniciada no começo da primeira Guerra Mundial, quando o presidente Roosevelt enviou a Roma um representante pessoal e o Papa um delegado apostólico para os Estados Unidos, aumentou em 1961. Nesse ano, ocorreu a posse do primeiro presidente americano católico, John Kennedy. Depois, em 1984, o presidente Ronald Reagan nomeou o primeiro embaixador norte-americano junto ao Vaticano”, comenta Rossi.

Cenário atual

Ainda segundo a avaliação de Rossi, “nos últimos anos, o governo do presidente Barack Obama mais uma vez traçou planos de aproximação entre Estados Unidos e Vaticano. A notícia de que os Estados Unidos decidiram reatar relações diplomáticas com Cuba, e ainda mais tendo o Papa como pivô, é, sem dúvida, uma profecia bíblica em cumprimento”.

Para o pastor, será por meio da segunda besta (poder político) que a adoração será imposta à primeira besta (poder religioso). Ou seja, os Estados Unidos tomarão a iniciativa de obrigar as pessoas a adorar a imagem da besta, deixando de lado as seus ideais de liberdade religiosa.

Ele cita o texto bíblico de Apocalipse 13:14 que diz que “a segunda besta ainda seduz os que habitam sobre a terra por causa dos sinais que lhe foi dado executar diante da besta, dizendo aos que habitam sobre a terra que façam uma imagem à besta…”.

“Por 1.260 anos, de 538 a.C. a 1798, a primeira besta recebeu adoração e obediência por meio de um sistema de leis repressivo, no qual os que não aceitavam a adoração forçada eram perseguidos e mortos. O texto bíblico nos diz que nesta associação entre as bestas será formada uma imagem, ou seja, uma cópia do sistema de leis do passado para conseguir os mesmos resultados alcançados durante a época da inquisição. A imagem da primeira besta se formará quando mais uma vez o Estado e a Religião se unirão para impor um dia oficial de culto, que não é o sábado bíblico”, conclui o pastor.

É possível baixar uma série de estudos completa sobre o Apocalipse. Clique aqui.

Compreenda melhor o assunto vendo esse vídeo:


Graça e Paz!
--------------------------------------------------------------------------------------------------



quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

MOTIVAÇÃO: "Levanta a Tua Voz!"


Levanta-te - Sol Serenat Omnia

Quem se dirige ao povo como mensageiro de Deus, ocupa o púlpito para o momento da pregação ou outra ocasião, deve ter a noção do que é ser ministro de Deus. Esta é uma solene responsabilidade: trazer a Palavra de Deus até Seu povo.

Entre aqueles que a cada semana se deslocam à igreja para ouvir a palavra de Deus, alguns vêm por uma questão de hábito, quase num ato mecânico; esta não é a melhor razão para vir adorar o Senhor e ouvir a Sua voz. No entanto, muitos há que saem de suas casas e se deslocam até à igreja porque precisam ouvir algo que lhes faça bem, lhes acrescente força à vida espiritual, depois de, eventualmente, terem passado por alguma aflição ou dificuldade. E estes, estão à procura de Jesus e sempre o encontram.

Por vezes, a mensagem que recebemos pode não ser a mais agradável ao ouvido – mas, veremos, segundo Deus pode ser a melhor!

Hoje sabemos que a vida dos fiéis seguidores de Deus, foi, na maior parte dos casos, cheia de lutas, dores e obstáculos. Vejamos alguns exemplos da Bíblia.

Noé poderia ter sido considerado um pregador frustrado: por 120 anos advertiu o povo do eminente juízo de Deus, e só conseguiu convencer a própria casa… Ele foi gozado, ridicularizado, motivo de crítica; mas por ter cumprido com a vontade de Deus, salvou-se juntamente com a sua família.

Centenas de anos depois, João Batista parecia ser um fracassado: viveu quase sempre sozinho, com roupas humildes e uma alimentação talvez estranha. A sua pregação de advertência acabou por custar-lhe a vida; no entanto, Ele foi um fiel cumpridor da missão que Deus lhe tinha entregue.

Não apenas na história bíblica, homens se levantaram por ordem de Deus para condenar o erro do povo e conduzi-lo ao arrependimento, à verdade da Palavra Eterna. A história universal conta como Martinho Lutero enfrentou a Igreja Católica Romana, defendendo as verdades expostas na Palavra de Deus que entretanto descobrira. Temos também o exemplo de João Huss, que preferiu morrer queimado numa fogueira a trair a pregação que o Senhor lhe tinha dado a transmitir.

O Antigo Testamento conta, entre outras, duas dessas histórias.

A primeira é a do profeta Natan, enviado por Deus para denunciar o adultério e crime de David. Destemidamente, Natan apontou o dedo a David (o Rei!) e, sobre esse pecado, disse-lhe ‘tu és esse homem’ (II Samuel 12:7).

David prontamente aceitou a repreensão que veio de Deus – repare, veio de Deus e não de Natan – e chorou amargamente pelo seu pecado: ‘então disse David a Natan: pequei contra o Senhor’ (II Samuel 12:13). O Salmo 51 é um emocionante ato de confissão de David perante Deus.

Um outro caso é o de Elias, um corajoso servo de Deus que acusou o pecado de um outro rei. Elias apontou o dedo a Acabe e sobre a ruína do povo disse-lhe semelhantemente: ‘tu és o culpado’.

Elias anunciou também a razão pela qual teve de usar destas palavras, o porquê da desgraça que se abatia sobre a nação. ‘E sucedeu que Acabe vendo a Elias, disse-lhe: és tu o perturbador de Israel? Então Elias disse-lhe: eu não tenho perturbado a casa de Israel, mas tu e a casa de teu pai, porque deixaste os mandamentos do Senhor’ (I Reis 18:17-18).

Elias apontou que a razão pela ruína era o abandono dos mandamentos de Deus.

Você conhece todos os mandamentos de Deus? Vamos resumi-los brevemente, conforme encontrados em Êxodo 20:3-17.

I Não terás outros deuses diante de mim
II Não farás para ti imagem de escultura
III Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão
IV Lembra-te do dia de Sábado para o santificar
V Honra teu pai e tua mãe
VI Não matarás
VII Não adulterarás
VIII Não furtarás
IX Não dirás falso testemunho contra o teu próximo
X Não cobiçarás

Estes preceitos divinos, não sofreram alterações ao longo dos séculos, nem tampouco a ordem de Deus a Seus servos para proclamarem a Sua verdade foi mudada.

II Timóteo 4:1-2 diz ‘conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há-de julgar os vivos e os mortos, na Sua vinda e no seu reino; que pregues a Palavra, instes, a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina’.

O termo 'longanimidade' aponta para a bondade e a misericórdia de Deus, que produz a hipótese de arrependimento; a 'doutrina', essa manteve-se como fundamental para não por em causa os princípios desde sempre estabelecidos por Deus.

Porque razão Deus continua ainda hoje com esta ordem? Diz logo de seguida em II Timóteo 4:3-4: ‘porque virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores, conforme as suas próprias concupiscências. E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.’

‘Não sofrerão a sã doutrina’ quer dizer que se afastariam dos princípios de Deus, como que se não vigorassem mais. O ‘amontoar para si doutores’ indica que por motivo do afastamento de Deus, o povo criaria a sua própria doutrina, à rebelia da ordem de Deus.

Deus sabia que infelizmente o povo iria preferir as suas próprias ideias sobre os mandamentos de Deus. O povo iria mesmo interpretar os mandamentos de Deus conforme quisesse e não segundo Sua vontade.

Por isso, Deus precisa que alguém levante a sua voz para defender a Sua Palavra!

Vejamos algumas citações do Espírito de Profecia.

'Em todos os séculos haviam os profetas erguido a voz contra os pecados dos reis, autoridades e povo, dizendo as palavras que Deus lhes dera e obedecendo à Sua vontade com perigo da própria vida.' O Desejado de Todas as Nações, pág. 618.

'Ao servo de Deus, no presente, é dirigida esta ordem: Levanta a tua voz como a trombeta e anuncia ao Meu povo a sua transgressão (Isaías 58:1).' O Grande Conflito, pág. 459.

Hoje, quem ainda levanta a voz para cumprir a ordem de Deus? Quem se assume com coragem de perder honras terrenas, amizades e simpatia de homens, para proclamar e defender as pouco populares mensagens de advertência da parte de Deus?

Tem havido tempo e lugar para cumprir com a ordem de Deus para repreender o povo e trazê-lo ao arrependimento? Ou estamos demasiado preocupados na exaltação da nossa suposta - mas falsa - condição de pré-salvos que nem temos tempo para ouvir a voz repreendedora de Deus?

O pecado é tão ofensivo para Deus, que Ele não usa de palavras mansas nem meias verdades ao lidar com essa praga. Ele trata as coisas pelo seu verdadeiro nome.

'Erros precisam de ser reprovados, o pecado precisa ser chamado pecado, e a iniquidade deve ser enfrentada de modo pronto e decisivo, e afastada de nós como um povo.' Testemunhos para a Igreja, vol. III, pág. 260.

Deus não faz esta advertência por entretenimento, apenas para ocupar a mente do povo com algo; se Ele usa destas palavras é porque algo tremendamente mau precisa ser eliminado!

E porque razão precisa ser esse mal expurgado? Veja: 'o testemunho claro e directo precisa viver na igreja, ou a maldição de Deus repousará sobre Seu povo como repousou no antigo Israel por causa de seus pecados.' Testemunhos para a Igreja, vol. III, pág. 269

Deus não brinca com as palavras – quando Ele diz maldição, é mesmo maldição! Quando Ele acusa e avisa a sentença, Ele quer dizer isso mesmo.

Atente para esta declaração bíblica que mostra que fazer o pecado passar por algo de bem, de justo, é horrível aos olhos de Deus: ‘o que justifica o ímpio e o que condena o justo são abomináveis para o Senhor’ (Provérbios 17:15).

O Espírito de Profecia esclarece ainda: 'se há erros claros entre o Seu povo, e os servos de Deus continuam em frente indiferentes a isso, estão por assim dizer apoiando e justificando o pecador, e são igualmente culpados, incorrendo tão certo como ele no desagrado de Deus; pois serão tidos como responsáveis pelos pecados do culpado.' Testemunhos para a Igreja, vol. III, pág. 265.

Deus não faz ameaças sem sentido, para meter medo, tampouco para se exibir como Todo-poderoso… O que Deus adverte o Seu povo é que se Ele diz que assim será caso o povo decida não voltar atrás, Deus acabará por cumprir o que disse – seja para bem, seja para mal (relembre como foi no dilúvio e com Nínive…)!

Mas, afinal, qual a consequência do desrespeito para com as ordens de Deus?

‘Se o homem não se converter, Deus afiará a Sua espada; já tem armado o Seu arco, e está aparelhado’ (Salmos 7:12).

Acha que Deus vai ter má pontaria ao atirar sobre o pecado? Acha que Deus irá falhar o alvo quando fizer descer os seus anunciados juízos sobre os impenitentes de Seu povo que Ele tanto apelou ao arrependimento? Eu estou seguro que não…

Mas porque razão Deus aponta a Sua flecha fatal contra alguém? Veja o que a Bíblia responde: ‘eis que esse está com dores de perversidade; concebeu trabalhos, e produzirá mentiras. Cavou um poço e o fez fundo, e caiu na cova que fez’ (Salmos 7:14).

Porque é que surge este poço? Porque razão a Bíblia diz que a perversidade, isto é o pecado, é que o cavou? Porque é que muitos tragicamente criam este poço fundo e depois caem nele?

‘Foram-me mostrados em visão muitos casos em que o desagrado de Deus foi atraído por negligência por parte de Seus servos quanto a tratar de erros e pecados existentes entre eles. Os que passaram por alto esses erros têm sido considerados pelo povo muito amáveis e de disposição benigna simplesmente por haverem eles recuado do desempenho de um claro dever escriturístico. Essa tarefa não agradava aos seus sentimentos; portanto, eles a evitaram.” Testemunhos para a Igreja, vol., pág. 265, 266

Paulo, falando sobre as negligências e más condutas dos primeiros cristãos, escreveu um texto tão duro quanto misericordioso: ‘geralmente se ouve que há entre vós fornicação, e fornicação tal, que nem ainda entre os gentios se nomeia, como é haver quem abuse da mulher de seu pai. Estais ensoberbecidos, e nem ao menos vos entristecestes por não ter sido dentre vós tirado quem cometeu tal ação. Eu, na verdade, ainda que ausente no corpo, mas presente no espírito, já determinei, como se estivesse presente, que o que tal ato praticou, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, juntos vós e o meu espírito, pelo poder de nosso Senhor Jesus Cristo seja entregue a Satanás para destruição da carne, para que o espírito seja salvo no dia do Senhor Jesus’ (I Coríntios 5:1-5).

O pecado deve ser condenado e ‘entregue a Satanás’ para destruição! O pecador deve arrepender-se para ser salvo no dia do Senhor Jesus! Mas para isso, todo o povo deve entristecer-se pelo pecado, ficar pesaroso, aflito e ciente da calamidade que ele representa.

Que triste é quando verificamos que em vez de se entristecer, o povo continua pelos mesmos caminhos de erro e perdição…

O profeta Isaías anuncia a razão pela qual Deus nem sempre pode estar com o Seu povo amado: ‘eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar, nem o seu ouvido agravado, para que não possa ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o Seu rosto de vós, para que vos não ouça’ (Isaías 59:1-2).

Não há meio-termo para descrever o pecado; não há condescendência possível; não se pode pactuar nem minimamente. O pecado, quando não assumido, não confessado, não expurgado, provoca SEMPRE que Deus não esteja junto do pecador. Isto porque, Deus pode estar onde está o pecador; mas Deus está lá para o perdoar, salvar e fazer mudar de rumo, limpando e apagando o pecado. Deus NUNCA pode estar quando o povo insiste em se manter no pecado!

Alguns apontam os casos de Maria Madalena e Zaqueu; dizem que são exemplos de pecadores com quem Jesus se juntou e afinal, convivia. Caro leitor, saiba que isso não é totalmente verdade...

Maria Madalena e Zaqueu são exemplos de pecadores arrependidos, perdoados, de vida mudada, com outro procedimento! Jesus mudou a vida deles porque eles O aceitaram, se humilharam e receberam o Seu perdão (Maria Madalena deixou de receber homens em casa; Zaqueu deixou de explorar o seu próximo). Por isso Jesus se juntou com eles e até entrou em suas casas!

Quer ver o exemplo oposto? Porque razão Jesus não se juntou nem entrou na casa do jovem rico? Simplesmente, porque ele não se arrependeu, não mudou; continuou com o seu erro que o afastava de Jesus. Quando ouviu a palavra de salvação (de Jesus) que lhe ordenava largar o que era o seu pecado, o que o separava de Deus, ele escolheu, preferindo seguir a vida com esse pecado. E Jesus, certamente com tristeza, deixou-o virar costas e seguir a sua própria vontade…

Por vezes a decisão de condenar o pecado e seguir Jesus implica escolher entre Ele e pessoas que amamos.

A Bíblia esclarece, nas palavras de Jesus: ‘quem ama o pai ou a mãe mais do que a Mim não é digno de Mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a Mim não é digno de Mim’ (Mateus 10:37).

Deus espera, e até exige, sempre uma reposta de Seus filhos a quem é proclamada uma mensagem. Repare: ‘quando Deus envia aos homens advertências tão importantes que são representadas como proclamadas por santos anjos a voar pelo meio do céu, Ele requer que toda a pessoa dotada de faculdade de raciocínio atenda à mensagem.’ O Grande Conflito, pág. 594.

O que não devemos esquecer, é o trágico e crescente perigo no qual nos colocamos quando propositadamente vamos recusando as sagradas advertências de Deus.

‘A cada rejeição da verdade o espírito do povo se tornará mais entenebrecido, mais obstinado o coração, até que fique entrincheirado em audaciosa incredulidade.’ O Grande Conflito, pág. 603.

A Bíblia lança um ‘ai’ sobre aqueles que insistem em trocar a ordem de valor das coisas, definida por Deus: ‘ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem da escuridão luz, e da luz escuridão; e fazem do amargo doce, e do doce amargo’ (Isaías 5:20).

De quem é que Deus precisa hoje? Que requisitos pede Deus a Seu povo, o mesmo que se diz guardador de Seus mandamentos?

"A maior necessidade do mundo é a de homens - homens que se não comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao pólo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus.” Educação, pág. 57.

A fidelidade a Deus tem um preço? O que custará, enfim, ser fiel a Deus?

‘Os que se esforçam por obedecer a todos os mandamentos de Deus, defrontarão oposição e escárnio.’ O Grande Conflito, pág 593.

Sim, a escolha muitas vezes recai sobre coisas e, como já vimos, pessoas que amamos. Mas aqui a escolha é assustadoramente simples: fico do lado de Deus, ou fico contra Deus?

E o que diz a Bíblia sobre esse preço a pagar? ‘Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério’ (II Timóteo 4:5).

Pode-se pensar que por vezes não é fácil proclamar a mensagem de Deus. No entanto, o mensageiro de Deus deve ter a perfeita noção que o Criador não o chama para agradar as pessoas, mas para dizer a Sua verdade!

No fim dos tempos, cada vez mais próximos e evidentes, alguns serão atirados em prisões, ou levados perante poderosos homens, devido à sua fé; e, ali terão de mostrar evidências dessa mesma fé. Pergunto solenemente: como é que queremos estar de pé nesse dia, se hoje nem sequer dentro da própria casa, da nossa igreja, conseguirmos levantar a voz a favor de Deus, denunciando o erro e o pecado contra Ele?!

Deus é um Deus poderoso que já deixou vastas evidências de Sua bondade para com os que lhe são fiéis: ‘lembrai-vos das coisas passadas, desde a antiguidade: que Eu Sou Deus e não há outro Deus, não há outro semelhante a Mim’ (Isaías 46:9).

As coisas passadas são todos os relatos da Bíblia, todas as advertências ao nosso comportamento. Por isso, a voz de Deus ainda hoje clama em busca do pecador, para que mude o seu caminho, para que pense melhor antes de tomar posição contra Deus e abrir a porta ao inimigo.

‘Ouvi-me, ó duros de coração; os que estais longe da justiça’ (Isaías 46:12)! Parece que sentimos o céu inteiro a clamar: vinde em busca da salvação! Arrependei-vos, mudai o rumo da vossa vida e proclamai com coragem as solenes mensagens de Deus para Seu povo!

‘Hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureçais os vossos corações’ (Hebreus 3:15).

Caro leitor, não endureça o seu coração. Entregue-o assim como ele está, cheio de pedras do pecado, ao Salvador, e deixe que Ele o transforme para uma vida nova.

Ah, e levante a sua voz para proclamar a Sua mensagem!

Graça e Paz!

--------------------------------------------------------------------------------------------------

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

CIÊNCIA: Quando nosso planeta começou a existir?

O Início da Terra - Sol Serenat Omnia

“No princípio, criou Deus os céus e a terra” (Génesis 1:1); a que “princípio” se refere este versículo? O próprio verso nos dá a resposta logo de seguida: “criou Deus os céus e a terra”. Ou seja, “princípio” refere-se a uma época onde se inclui o momento em que a terra e os céus foram criados por Deus.

Porém, este termo surge por diversas vezes na Bíblia, em diferentes contextos. Há, no entanto, alguns textos bíblicos com o mesmo sentido e contexto específico do que é aqui mencionado, os quais nos poderão ajudar a confirmar definitivamente qual a época em causa:

1) “Tu, Senhor, no princípio fundaste a terra, e os céus são obra das Tuas mãos” (Hebreus 1:10). Mais uma vez é nos dito que a fundação da terra e dos céus foram um dos acontecimentos desta época designada “princípio”.

2) “Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos do vosso pai: ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira” (João 8:44). Podemos entender aqui que “princípio” diz respeito ao período que decorria quando o mal surgiu em Lúcifer, pois antes desse facto não existia o mal nem homicidas. Nessa altura o diabo era um anjo celestial sem mácula. Tudo isto aconteceu antes da fundação do mundo, nos céus.

3) “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele, e, sem Ele, nada do que foi feito se fez” (João 1:1-3).

Sabemos que o “Verbo” aqui mencionado é Cristo:

.1) “E estava vestido de uma veste salpicada de sangue; e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus” (Apocalipse 19:13);

.2) “Pai, aqueles que Me deste, quero que, onde Eu estiver, também eles estejam Comigo, para que vejam a Minha glória que Me deste; porque Tu Me hás amado antes da fundação do mundo” (João 17:21);

.3) “E, agora, glorifica-Me Tu, ó Pai, junto de Ti mesmo, com aquela glória que tinha Contigo, antes que o mundo existisse” (João 17:5).

Constatamos que aqui “princípio” se refere à época anterior à fundação do mundo.

4) “Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo” (I João 3:8); refere-se à época durante a qual surgiu o mal, e por consequência o pecado. Sabemos que este acontecimento sucedeu nos céus, antes da criação do mundo.

Concluímos assim que este “princípio” foi um período, de duração desconhecida, que antecedeu a criação do mundo. Acontecimentos deste período (não podem ser datados, por isso não há aqui ordem cronológica, mas sim uma ordem da sucessão dos fatos):

- os céus foram criados;
- surge o mal, em Lúcifer;
- rebelião de Satanás contra Deus;
- batalha de Jesus e Satanás no céu;
- criação da terra “sem forma e vazia”; este acontecimento teria de ser obrigatoriamente anterior à expulsão de Satanás;
- Satanás e os seus anjos foram expulsos para a terra.

Outra questão que se levanta é: a que céus se refere Génesis 1:1?

Mais uma vez, a Palavra de Deus não nos deixa desamparados e esclarece-nos, se analisarmos alguns textos:

1) “Pela palavra do Senhor foram feitos os céus, e todo o exército deles pelo espírito da sua boca” (Salmos 33:6).

Que exércitos são estes? São os exércitos dos céus,tal como o próprio verso indica . Mas por quem é constituído esse exército dos céus? Sabemos que a Bíblia chama de exército aos anjos de Deus, que O servem, conforme podemos observar nestes versículos:

2) “E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo...” (Lucas 2:13);

3) “Mas Deus se afastou, e os abandonou a que servissem ao exército do céu, como está escrito no livro dos profetas: porventura me oferecestes vítimas e sacrifícios no deserto, por quarenta anos, ó casa de Israel?” (Atos 7:42);

4) “E como antes disse Isaías: se o Senhor dos Exércitos nos não deixara descendência, teríamos sido feitos como Sodoma, e seríamos semelhantes a Gomorra” (Romanos 9:29);

5) “E seguiam-no os exércitos no céu, em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro” (Apocalipse 19:14);

6) “Eis que o jornal dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras, que por vós foi diminuído, clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos Exércitos” (Tiago 5:4);

7) “Assim, os céus, e a terra, e todo o seu exército foram acabados” (Génesis 2:1).

A expressão “Senhor dos exércitos”, repetida inúmeras vezes em toda a Bíblia, é clara, trata-se dos exércitos do Senhor, os anjos celestiais.

No entanto, Génesis 2:1 acaba com esta dúvida de vez, indicando-nos precisamente o mesmo contexto de Salmos 33:6 “os céus, e a terra, e todo o seu exército”, ou seja, o exército dos céus e o exército da terra, isto é, tudo o que os céus contém, e tudo o que a terra contém. Podemos assim concluir que este exército é constituído não apenas pelos anjos celestiais, mas também por todo o universo e seus planetas, bem como pelos seres não caídos.

1) “Quando vejo os Teus céus, obra dos Teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste...” (Salmos 8:3); trata-se dos céus que contém a lua e as estrelas.

2) “Ele fez a terra com o Seu poder, e ordenou o mundo com a Sua sabedoria, e estendeu os céus com o Seu entendimento” (Jeremias 51.15).

3) “Ele é o que está assentado sobre o globo da terra, cujos moradores são para Ele como gafanhotos: Ele é o que estende os céus como cortina, e os desenrola como tenda para neles habitar” (Isaías 40:22); se Deus está assentado sobre o globo da terra estes “céus” apenas se podem referir ao espaço sideral, isto é, todo o espaço para além da atmosfera terrestre, onde estão localizadas as estrelas e todos os outros planetas.

4) “Ele fez a terra pelo Seu poder; Ele estabeleceu o mundo por Sua sabedoria, e com a Sua inteligência estendeu os céus” (Jeremias 10:12).

Se isto ainda não bastasse, há ainda um aspeto que nos permite afirmar, com certeza, o fato de que estes “céus” correspondem ao espaço sideral.

A própria Bíblia (pelo menos na tradução da edição revista e corrigida João Ferreira de Almeida) faz a distinção entre “céus” (espaço sideral) de Génesis 1:1 e “Céus” (atmosfera terrestre) de Génesis 1:8.

De destacar que esta distinção surge única e exclusivamente nestes versículos, ao longo de toda a Bíblia. E mesmo assim a distinção apenas está presente desde o versículo 1 até ao versículo 8, pois no versículo 9, e a partir daí, no resto da Bíblia, quando se fala da atmosfera terrestre o termo utilizado é “céus”, como podemos observar nos versos 14, 17, 20 e em diante (nestes, porém, a distinção continua mesmo assim a ser efetuada, quando se está a falar da atmosfera terrestre, não pelas letras minúsculas ou maiúsculas, mas através do termo “expansão dos céus”. Mas, a partir daí desaparece totalmente).

Esta diferenciação, feita pela própria maneira como os termos estão escritos, é natural se tivermos em conta que no versículo 8 se trata de um nome próprio, que aliás, estava a ser utilizado pela primeira vez para designar algo, neste caso a atmosfera terrestre. Para além disso, o termo “céus” de Génesis 1:1 nunca poderia ser no sentido de atmosfera terrestre, pois esta só foi criada posteriormente, no versículo 8.

Ainda em Génesis 1:1, outra questão se coloca: a que “terra” se refere este verso?


a) A uma “terra” sem forma e vazia, sem qualquer tipo de luz, coberta de água. “E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas” (Génesis 1:2); “observei a terra, e eis que estava assolada e vazia; e os céus, e não tinham a sua luz” (Jeremias 4.23). Apesar do contexto aqui ser diferente e de ter passado muito tempo depois de Génesis 1:1, 2, Jeremias, como que tendo uma visão, faz uma descrição do estado desta “terra”, descrição essa que até mesmo nos termos é praticamente igual à de Génesis 1:2.

b) Esta “terra” representa o estado primordial do planeta, antes de Deus iniciar o seu processo de ordenamento e renovação, processo esse iniciado apenas a partir do verso 3, pois no verso 2 Deus estava presente mas ainda não tinha comçado a agir: “o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas”. Trata-se de uma terra que existiria provavelmente sob a forma de matéria, talvez um “planeta morto”; “envias o teu Espírito, e são criados, e assim renovas a face da terra” (Salmos 104:30).

c) De fato, esta “terra” de Génesis 1:1 apenas se poderia referir a este “esboço” do planeta, pois a Terra (continente) propriamente dita só foi criada posteriormente, nos versículos 9 e 10: “... e apareça a porção seca. E assim foi. E chamou Deus à porção seca Terra...”

E mais uma vez, à semelhança do que aconteceu com a questão dos “céus”, a distinção entre “terra” (“esboço”) de Génesis 1:1 e “Terra” (continente) de Génesis 1:10 é feita também pela própria maneira dos termos estarem escritos, sendo que no verso 10 surge com maiúscula (na tradução João Ferreira de Almeida, edição revista e corrigida) pois é um nome próprio, uma designação que estava a ser dada a algo novo e que estava a surgir pela primeira vez. Esta distinção, tal como aconteceu com a questão dos “céus”, surge unicamente entre Génesis 1:1 e Génesis 1:10 (logo de seguida, no versículo 11 e em diante, já aparece “terra”, com minúscula e não maiuscúla) não estando presente em mais lado nenhum em toda a Bíblia.

Levantam-se assim algumas questões pertinentes: qual o motivo de surgir esta distinção na forma como os termos, “céus” e “terra”, foram escritos? Por que razão não surge esta diferenciação em lado algum na Bíblia, e apenas nestes versículos? Por três razões possíveis, algumas delas já enunciadas:

a) Os termos com maiúsculas são nomes próprios, dados a algo novo que surgia pela primeira vez;

b) Esta distinção surge apenas neste capítulo e nestes versos específicos provavelmente porque era justamente aqui que era necessário ela ser feita;

c) Depois dos termos “Céus” e “Terra” aparecerem não voltam a surgir, pois depois de atribuídos pela primeira vez seria desnecessário estar sempre a repetir e a própria distinção também seria desnecessária.

Conclusões

a) Foi para o “esboço” do planeta terra que Satanás foi precipitado, juntamente com os anjos que aderiram à sua causa (isso aconteceu no período designado “princípio”, de Génesis 1:1), pois a criação da Terra (continente) e do ser humano foram posteriores (Génesis 1:9, 10). A ação de criação e renovação deste “esboço” só foi iniciada no versículo 3.

b) A Terra propriamente dita, que consistia num único continente (a chamada “Pangea”, que ficou dividida posteriormente com o Dilúvio) só foi criada já no terceiro dia: “...e chamou Deus à porção seca Terra... E foi a tarde e a manhã o dia terceiro” (Génesis 1:10, 13); "eles voluntariamente ignoram isto: que, pela palavra de Deus, já desde a antiguidade existiram os céus e a terra, que foi tirada da água e no meio da água subsiste" (II Pedro 3:5).

c) O planeta irá, de certa forma, regressar ao seu estado inicial (o “esboço”), depois da segunda vinda de Cristo, quando Satanás ficar cá sozinho durante o milénio, enquanto os filhos de Deus estarão no céu com Cristo. Podemos constatar isso pela descrição que é feita na Bíblia do estado em que o planeta ficará e estabelecendo os paralelismos:

.1) “Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há se queimarão” (II Pedro 3:10);

.2) “Eis que o dia do Senhor vem, horrendo, com furor e ira ardente, para pôr a terra em assolação, e destruir os pecadores dela. Porque as estrelas dos céus e os astros não deixarão brilhar a sua luz; o sol se escurecerá ao nascer, e a lua não fará resplandecer a sua luz... Pelo que, farei estremecer os céus, e a terra se moverá do seu lugar, por causa do furor do Senhor dos Exércitos, e por causa do dia da sua ardente ira” (Isaías 13:9, 10, 13);

.3) “Ai daqueles que desejam o dia do Senhor! para que quereis vós este dia do Senhor? trevas será, e não luz... Não será, pois, o dia do Senhor trevas e não luz? Não será completa escuridade, sem nenhum resplandor?” (Amós 5.18, 20);

.4) “Tocai a buzina em Sião, e clamai em alta voz, no monte da Minha santidade: perturbem-se todos os moradores da terra, porque o dia do Senhor vem, ele está perto: Dia de trevas e de tristeza; dia de nuvens e de trevas espessas, como a alva espalhada sobre os montes, povo grande e poderoso, qual desde o tempo antigo nunca houve, nem depois dele haverá pelos anos adiante, de geração em geração. Diante dele, um fogo consome; e atrás dele, uma chama abrasa: a terra diante dele é como o jardim do Éden, mas atrás dele, um desolado deserto; sim, nada lhe escapará...Como o estrondo de carros sobre os cumes dos montes, irão eles saltando; como o ruído da chama de fogo que consome a pragana, como um povo poderoso, ordenado para o combate... Diante dele, tremerá a terra” (Joel 2:1, 2, 3, 5, 10);

.5) “O grande dia do Senhor está perto, está perto, e se apressa muito a voz do dia do Senhor: amargamente clamará, ali, o homem poderoso. Aquele dia é um dia de indignação, dia de angústia e de ânsia, dia de alvoroço e de desolação, dia de trevas e de escuridão, dia de nuvens e de densas trevas...” (Sofonias 1:14, 15);

.6) “E haverá sinais no sol e na lua e nas estrelas, e na terra angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas” (Lucas 21:25);

.7) “E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande tremor de terra” (Apocalipse 6:12);

.8) “E, naquela mesma hora, houve um grande terramoto, e caiu a décima parte da cidade, e no terramoto foram mortos sete mil homens; e os demais ficaram muito atemorizados, e deram glória ao Deus do céu” (Apoca. 11.13);

.9) “E houve vozes, e trovões, e relâmpagos, e um grande terramoto, como nunca tinha havido desde que há homens sobre a terra; tal foi este tão grande terramoto. E a grande cidade fendeu-se em três partes, e as cidades das nações caíram; e da grande Babilónia se lembrou Deus, para lhe dar o cálix do vinho da indignação da sua ira. E toda a ilha fugiu; e os montes não se acharam” (Apocalipse 16:18, 19, 20).

Pormenores que se destacam: a terra ficará em trevas, desolada, vazia, como um deserto (Jeremias 4:23-28); as águas invadirão a terra (se bem que não permanecerão “e vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe” (Apocalipse 21:1); um tremor de terra gigantesco altera a geografia e topografia dos continentes, ficando a forma da terra alterada por consequência. O paralelismo com o “esboço” da terra de Génesis 1:1 é flagrante, as características são as mesmas (com a exceção de que o planeta não ficará totalmente coberto com águas).

Destaque também para Apocalipse 20:1-3: “e vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão... Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos; E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que mais não engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois, importa que seja solto por um pouco de tempo.E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que mais não engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois, importa que seja solto por um pouco de tempo.”

O lugar onde Satanás é lançado é descrito como um “abismo”, que é precisamente o mesmo termo utilizado em Génesis 1:2 para descrever o “esboço” da terra. O Pr. Mark Finley confirma este fato; no livro “Examinai Tudo”, pág.70, a respeito deste aspecto diz também “Apocalipse 20:1,2 acrescenta que Satanás está amarrado por uma cadeia de circunstâncias nesse “poço sem fundo”, ou abismo. A palavra grega “abussos” é a mesma palavra usada na tradução grega do hebraico do Velho Testamento para a frase “sem forma e vazia”. Em Génesis 1:2, quando Deus chamou o mundo à existência, ele era sem forma e vazio, isto é, um mundo desolado, envolto em trevas, um abismo onde nada existia, até que Deus separou a parte seca e criou então um novo mundo, cheio de vida. A terra será, de novo, reduzida ao nada. O pecado será destruído. Desse abismo do velho mundo, Deus criará uma nova terra de extraordinária beleza (II Pedro 3:13; Apoc. 21.1-5). "

O ciclo da Criação voltará assim a repetir-se. Em Génesis 1 o “esboço” da terra foi criado e depois Deus iniciou o processo de organização e renovação, surgindo o território retirado das águas. Da mesma forma, durante o milénio Satanás estará num planeta Terra muito semelhante ao “esboço” que existia em Génesis 1, mas depois disso, com a descida da Nova Jerusalém, tudo voltará a ser renovado e reorganizado (o que é confirmado, como se viu, pelo texto acima mencionado do Pr. Mark Finley).

A luz presente em Génesis 1:3 não era proveniente do Sol nem da Lua, pois estes só foram criados posteriormente em Gén. 1:14-18, no quarto dia da criação/remodelação da Terra. Mas esta iluminação era proveniente da glória de Deus; “porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo” (II Coríntios 4:6), tal como voltará a suceder na Nova Jerusalém: “e a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem alumiado, e o Cordeiro é a sua lâmpada. E as nações andarão à sua luz; e os reis da terra trarão para ela a sua glória e honra. E as suas portas não se fecharão de dia, porque ali não haverá noite” (Apocalipse 21:23, 24, 25).

Da mesma forma, assim como na Nova Jerusalém o Sol e a Lua não serão necessários, também no “esboço” da terra de Génesis 1 não eram necessários porque Deus a iluminava, pois “o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas...” (Génesis 1:2), sendo como “lâmpada... e luz...” (Salmos 119:105).

Os criacionistas, de uma forma geral, atribuem uma idade de cerca de 6.000 anos à Terra: não se sabe, porém, quanto tempo teve o período designado “princípio” (Génesis 1:1), nem se sabe durante quanto tempo existiu o “esboço” da terra (Gênesis 1:2).

Graça e Paz!

--------------------------------------------------------------------------------------------------

FEED

VEJA MAIS:

 
;