terça-feira, 31 de março de 2015

Meditações Diárias, 31 Mar. 2015 - Morte e Ressureição (pt 1)

Meditações Diárias - Sol Serenat Omnia

LEITURA ANTERIOR: Meditações Diárias, 30 Mar. 2015 - Mais Sobre Annie Smith


Morte e Ressurreição - 1

"Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem." 1Tessalonicenses 4:13

Algum tempo atrás, vimos como os primeiros guardadores do sábado desco­briram as verdades bíblicas acerca do sétimo dia e das duas etapas do ministério de Cristo no santuário celestial, ensinos que integraram a compreensão deles sobre o segundo advento, baseada em Apocalipse 11:19-14:20. Essas três "colunas da ver­dade" se encontravam no centro do adventismo do sétimo dia.

Entretanto, os leitores detalhistas devem ter notado a falta de uma quarta coluna adventista em nossa discussão: aquilo que os adventistas tradicionalmente chamam de "o estado dos mortos". Precisamos entender como aqueles primeiros guardadores do sábado desenvolveram seu entendimento sobre o inferno e o que acontece com as pessoas quando morrem.

Tais assuntos perturbavam profundamente muitas pessoas. Veja o exemplo da jovem Ellen Harmon, que escreveu: "Em minha mente, a justiça de Deus eclipsava Sua misericórdia e Seu amor. Eu havia sido ensinada a crer num inferno continua­mente a arder, e o aterrorizante pensamento que estava sempre diante de mim era que meus pecados eram grandes demais para serem perdoados, e que eu esta­va perdida para sempre. As assustadoras descrições que eu ouvira sobre os per­didos, marcaram-me profundamente. No púlpito, os pastores pintavam quadros vívidos da condição dos perdidos. [...] Depois de torturá-los por milhares e milha­res de anos, vagas ardentes levariam à superfície as contorcidas vítimas, que gri­tariam: Até quando, Senhor, até quando?' Então a resposta trovejaria no abismo: 'Por toda a eternidade!' [...]

"Nosso Pai celestial foi-me apresentado como um tirano que se deleitava nas agonias dos condenados, e não como o terno e compassivo Amigo dos pecadores; que ama Suas criaturas com amor que ultrapassa todo entendimento, e que deseja vê-los salvos em Seu reino. [...] Quando tomou posse de minha mente o pensamen­to de que Deus tinha prazer em torturar Suas criaturas, que haviam sido forma­das à Sua imagem, uma cortina de trevas pareceu separar-me dEle" (Tl, p. 23-25).

Nem é preciso dizer que a jovem Ellen era incapaz de conciliar o ensino tra­dicional sobre o inferno com o amor de Jesus. Contudo, tal pensamento piorava ainda mais as coisas, já que ela temia estar rejeitando a Palavra de Deus, tornan­do-se, portanto, ainda mais merecedora do inferno do que antes.

Senhor, ajuda nossa mente finita a compreender os ensinos difíceis das Escrituras.

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quinta-feira, 26 de março de 2015

REFLEXÃO: O que representa a Sexta Feira da Paixão pra você?

Dia de analisar a consciência - Sol Serenat Omnia

Neste dia 3 de abril de 2015 muitos latinos e moradores de países com forte influência da tradição religiosa católica romana comemorarão mais um feriado. Uma boa parte efetivamente nem se dedicará a suas atividades profissionais. Muitos dirão que nem sabem o motivo de um feriado prolongado. Alguns se arriscarão a dizer que talvez seja por conta da Sexta-Feira Santa (ou Viernes Santo em espanhol). Poucos, quem sabe, farão imediata associação com a morte de Jesus.

Bem, o fato é que a data propriamente dita da Sexta-Feira Santa ou da Paixão tem sua origem aparentemente nos astros e em adaptações de calendário. Vejam só. Conforme a tradição católica, é a sexta que antecede o dia 14 de Nisã do calendário hebraico. Mas como se sabe que é nessa época do ano no Ocidente (geralmente entre 20 de março e 23 de abril)? O cálculo que se fez no passado aponta para a primeira sexta-feira após a primeira lua cheia depois do equinócio* de outono do hemisfério sul ou o equinócio da primavera no hemisfério norte. 

Mas afinal de contas, é um dia santo, da paixão ou da autoanálise?

Na Bíblia não há qualquer indicação de que seja um dia santo, ou separado especialmente por Deus. Somente o sábado recebe tal distinção, principalmente nos livros de Gênesis, Êxodo, Isaías, entre outros. Analisando o livro sagrado do cristianismo, não há muita sustentação para afirmar que a sexta-feira tem algum caráter santificado.

Sobre paixão de Cristo, vale somente ressaltar que não estamos falando de um filme de 2004 produzido por Mel Gibson sobre os últimos momentos de Jesus antes de morrer crucificado. A palavra paixão vem do latimpassio –onis derivado de passus, particípio passado de pati, ou sofrer. A palavra está ligada aos sofrimentos e finalmente morte de Jesus Cristo conforme relato dos quatro evangelhos em confirmação com diversas profecias do Antigo Testamento (destacando-se Isaías 53).

Mas eu ouso dizer que não é um dia de paixão. Por quê?

Porque Jesus realmente sofreu injúrias, humilhações e foi crucificado de maneira desleal depois de ser submetido a um julgamento absolutamente tendencioso. E o pior: padeceu emocionalmente e espiritualmente muito mais por conta dos pecados da humanidade colocados sobre Seus ombros.

Mas Ele ressuscitou e, conforme os capítulos 5,8,9 e 10 do livro de Hebreus, atua como um superior sumo sacerdote em favor de cada um de nós para remissão de pecados e finalmente juízo também (basta fazer analogia com profecias de Daniel 9 e alguns capítulos de Levítico).

Então não está mais morto e esse dia em que muitos de nós paramos nossos trabalhos não pode ser lembrado apenas como dia de morte e dor, porque o ministério de Cristo não se restringiu a esse acontecimento. Foi além e irá mais ainda. A Bíblia assegura que Ele literalmente irá voltar. Isso, sim, é que podemos chamar de ciclo completo.

Não sou preso a datas quando o assunto é refletir, mas parece que muitas pessoas são. Então, para quem gosta de datas específicas para fazer uma autoanálise espiritual, talvez a dita Sexta-Feira Santa ou da Paixão seja a ideal.

Vamos chamá-la de Sexta-Feira da Autoanálise espiritual, que tal?

Dia de levar em conta a santidade de Deus, Seu chamado individual para cada um ser santo (separado) por Ele para ser salvo e ajudar outros a encontrar a salvação pela graça.

Dia de recordar a paixão que Cristo tem por mim e por você também. O imenso amor de Alguém que não hesitou em se anular e sofrer a morte física para pagar os pecados. Coisa muito maior do que a gente consegue realmente compreender e digerir.

Na minha infância, cresci vendo gente comer somente peixe ou jejuar na sexta que antecede o domingo de Páscoa. E ficava nisso a tal comemoração da data. Nada mais.

Mas eu vejo necessidade de algo muito mais profundo, mais consistente e mais duradouro.

A ideia de autoanálise espiritual na sexta-feira 3 de abril de 2015 é só um esboço do que deveria ser o cotidiano. Ellen White, a quem admiro muito pela coerência dos escritos, menciona em um de seus livros que faria muito bem ao ser humano dedicar uma hora por dia para pensar em Cristo e, claro, no Seu sacrifício.

Mas certamente não apenas sobre o fato histórico da morte, suas circunstâncias e contexto religioso e político.

Dia de pensar Nele como um Salvador. Alguém de quem eu dependo.

Vamos fazer um dia diferente nessa próxima Sexta-Feira da Autoanálise!

* O equinócio é definido como o instante em que o Sol, em sua órbita aparente (como vista da Terra), cruza o plano do equador celeste (a linha do equador terrestre projetada na esfera celeste). Mais precisamente é o ponto no qual a eclíptica cruza o equador celeste. Os equinócios ocorrem nos meses de março e setembro quando definem mudanças de estação. Em março, o equinócio marca o início da primavera no hemisfério norte e do outono no hemisfério sul. Em setembro ocorre o inverso, quando o equinócio marca o início do outono no hemisfério norte e da primavera no hemisfério sul. (Fonte: Wikipédia)

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segunda-feira, 16 de março de 2015

O Poder Corrosivo da Televisão

O Poder da Televisão - Sol Serenat Omnia

Nesta semana, durante um dos intervalos do Jornal Nacional, vi uma chamada para a estreia da nova novela das 9 na Globo: Babilônia. Confesso que na hora fiquei bastante assustado com o título da novela, afinal de contas, a Bíblia não traz boas referências da antiga cidade que deu origem ao nome da novela.


A CIDADE DE BABILÔNIA


A Babilônia começou a ser erguida às margens do rio Eufrates, logo após o Dilúvio. A região é a mesma onde fica o Iraque hoje. Ao se afastarem do Deus Criador dos céus e da terra, os homens daquele lugar buscavam unidade e poder. Decidiram, então, construir uma torre na cidade de Babel, capital do Império Babilônico, que alcançaria o céu e seria a sede desse poder.Essa construção simbolizou a rebelião do homem contra Deus e Sua ordem: "Sejam férteis, multipliquem-se e encham a terra" (Gênesis 9:1). Veja como tudo aconteceu:

"Disseram uns aos outros: ‘Vamos fazer tijolos e queimá-los bem’. Usavam tijolos em lugar de pedras, e piche em vez de argamassa. Depois disseram: ‘Vamos construir uma cidade, com uma torre que alcance os céus. Assim nosso nome será famoso e não seremos espalhados pela face da terra’. O Senhor desceu para ver a cidade e a torre que os homens estavam construindo. E disse o Senhor: ‘Eles são um só povo e falam uma só língua, e começaram a construir isso. Em breve nada poderá impedir o que planejam fazer. Venham, desçamos e confundamos a língua que falam, para que não entendam mais uns aos outros’. Assim o Senhor os dispersou dali por toda a terra, e pararam de construir a cidade. Por isso foi chamada Babel, porque ali o Senhor confundiu a língua de todo o mundo. Dali o Senhor os espalhou por toda a terra" (Gênesis 11:3-9).

Desde aquele dia até hoje, Babilônia tem sido o símbolo do abandono da fé em Deus, arrogância, confusão e tentativa de salvação pelos esforços humanos. Nos capítulos 17 e 18 de Apocalipse, a Babilônia é citada como a fonte do governo e da economia dos ímpios. Veja o que foi revelado a João sobre essa cidade: "Babilônia, a grande, a mãe das prostitutas e das práticas repugnantes da Terra" (Apocalipse 17:5).


NOVELA BABILÔNIA


Me lembro que, no final da chamada que vi na Tv, uma voz masculina dizia: "Vem aí Babilônia, o seu novo conflito das 9”. Diante disso, peguei o dicionário para saber exatamente qual é o significado de "conflito". Veja o que essa palavra quer dizer: "Oposição de interesses e sentimentos. Luta, disputa, desentendimento. Briga, confusão, tumulto, desordem". É isso que você quer para a sua vida? São essas coisas que você quer que entre na sua casa através da Tv? Pois é justamente isso que Satanás quer fazer através dessa novela! Como se não bastasse, fui até o YouTube para assistir as outras chamadas que estão circulando durante a programação da Globo. Encontrei três vídeos diferentes e, em cada um deles, uma personagem fala sobre si. 
Na primeira chamada, a atriz Adriana Esteves diz: "(...) O mundo não me deu o que eu mereço, mas vou ter tudo o que me é de direito. Nem que seja à força. Essa é a minha ambição". Já no segundo vídeo, a personagem de Glória Pires afirma: "Eu não me contento com pouco. Eu quero mais, sempre mais. Essa é a minha ambição". E por fim, na terceira chamada, a voz de Camila Pitanga diz: "Eu aprendi desde pequena que ambição não é pecado. (...) Ninguém vai mudar o que eu acredito e é assim que eu vou vencer".

Diante dessas três colocações, eu lhes pergunto: Vocês notaram alguma semelhança entre as personagens da novela e o povo que viveu na Babilônia? Tanto na Babilônia do passado como na do presente, as pessoas anseiam pelo poder a qualquer custo. Outro ponto importante: A personagem da terceira chamada começa a sua apresentação dizendo: "Eu aprendi desde pequena que ambição não é pecado". Será que isso é verdade? Vamos ver o que a Bíblia diz sobre isso:

"O Senhor não deixa o justo passar fome, mas frustra a ambição dos ímpios" (Provérbios 10:3)

"Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos" (Filipenses 2:3)

"Contudo, se vocês abrigam no coração inveja amarga e ambição egoísta, não se gloriem disso, nem neguem a verdade. (...) Pois onde há inveja e ambição egoísta, aí há confusão e toda espécie de males" (Tiago 3:14,16).

Como podemos ver, a Palavra de Deus prova que essa ambição egoísta é pecado sim, pois traz confusão e todos os outros males para a vida das pessoas. Ou seja: o discurso da abertura da novela Babilônia é mentiroso. E nós sabemos muito bem que é o pai da mentira: "Vocês pertencem ao pai de vocês, o diabo, e querem realizar o desejo dele. Ele foi homicida desde o princípio e não se apegou à verdade, pois não há verdade nele. Quando mente, fala a sua própria língua, pois é mentiroso e pai da mentira” (João 8:44).


AFASTE-SE DA BABILÔNIA

Não é de hoje que Satanás tem usado programas de Tv, especialmente as novelas para entrar na vida das pessoas e fazer com que elas se afastem dos caminhos de Deus. O diabo sabe que a Tv é o maior e mais importante veículo de comunicação em massa e um dos grandes formadores de opinião, por isso, envia diariamente inúmeras mensagens subliminares que acabam influenciando o comportamento de tantas pessoas.

Hoje, "graças" a essas mensagens lançadas por Satanás através das novelas e de outros programas, a sociedade aceita com naturalidade a prática sexual antes do casamento, o relacionamento afetivo entre pessoas do mesmo sexo, a desvalorização da mulher, a busca desenfreada pela fama, sucesso e poder, entre tantas outras coisas. Culpa da televisão? Claro que não. Eu não estou condenando a Tv, muito menos dizendo que você deve retirar a televisão de sua casa. Não serei hipócrita, pois existem programas excelentes e eu, inclusive, gosto de assistir vários deles. O que estou dizendo é que é precisamos selecionar muito bem o que vamos assistir para que o inimigo não entre em nossas casas e atrapalhe nossa vida espiritual.


VEJA 7 ALERTAS DA BÍBLIA SOBRE PROGRAMAS COMO A NOVELA BABILÔNIA


1) Eles trazem maldade e pecado para nossos lares: "Não levem coisa alguma que seja detestável para dentro de casa, se não também vocês serão separados para a destruição. Considerem-na proibida e detestem-na totalmente, pois está separada para a destruição" (Deuteronômio 7:26)

2) Colocam os espectadores na roda dos escarnecedores: "Como é feliz aquele que não segue o conselho dos ímpios, não imita a conduta dos pecadores, nem se assenta na roda dos zombadores! Ao contrário, sua satisfação está na lei do Senhor, e nessa lei medita dia e noite. É como árvore plantada à beira de águas correntes: Dá fruto no tempo certo e suas folhas não murcham. Tudo o que ele faz prospera!" (Salmos 1:1-3)

3) Atrapalham uma vida de consagração a Deus: "Seguirei o caminho da integridade; quando virás ao meu encontro? Em minha casa viverei de coração íntegro. Repudiarei todo mal. Odeio a conduta dos infiéis; jamais me dominará!" (Salmos 101:2-3)

4) Representam comunhão com as obras de Satanás: "Não se ponham em jugo desigual com descrentes. Pois o que têm em comum a justiça e a maldade? Ou que comunhão pode ter a luz com as trevas?” (2 Coríntios 6:14)

5) Poluem as nossas mentes: "Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas” (Filipenses 4:8).

6) Divulgam todo tipo de pecado que o cristão deve rejeitar: "Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo, procurem as coisas que são do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus. Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas. Pois vocês morreram, e agora a sua vida está escondida com Cristo em Deus. Assim, façam morrer tudo o que pertence à natureza terrena de vocês: imoralidade sexual, impureza, paixão, desejos maus e a ganância, que é idolatria. É por causa dessas coisas que vem a ira de Deus sobre os que vivem na desobediência" (Colossenses 3:1-3, 5-6).

7) Jesus está voltando em breve. Devemos abandonar todas obras das trevas: "A noite está quase acabando; o dia logo vem. Portanto, deixemos de lado as obras das trevas e vistamo-nos a armadura da luz. Comportemo-nos com decência, como quem age à luz do dia, não em orgias e bebedeiras, não em imoralidade sexual e depravação, não em desavença e inveja. Pelo contrário, revistam-se do Senhor Jesus Cristo, e não fiquem premeditando como satisfazer os desejos da carne" (Romanos 13:12-14).


CONCLUSÃO


Diante de tudo o que foi falado sobre a novela Babilônia, pergunto: Vamos obedecer a Palavra de Deus e fugirmos do pecado, ou será que já estamos tão adormecidos pelos vícios deste mundo que não conseguimos mais ouvir a voz de Deus?

Graça e Paz!

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Fonte: http://goo.gl/hHSQh6



segunda-feira, 2 de março de 2015

Meditações Diárias, 02 Mar. 2015 - Bates Aceita o Sábado (pt 3)

Meditações Diárias - Sol Serenat Omnia

Bates Aceita o Sábado – 3 

Segunda, 2 de Março


"Porque em verdade vos digo: até que o céu e a Terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra." Mateus 5:18

Entre os batistas do sétimo dia que interagiram com os mileritas, uma das pessoas mais importantes foi Rachel Oakes. No início de 1844, ela já havia aceitado a mensagem do advento e também partilhado sua crença sobre o sábado com a congregação adventista em Washington, New Hampshire, da qual sua filha Cyrus Farnsworth era membro. Parece que seu primeiro converso foi William Farnsworth, que, no passado, a convencera dos ensinos mileritas.

Outra pessoa a quem ela levou a verdade sobre o sábado foi Frederick Wheeler. Enquanto pregava na igreja de Washington, ele afirmou que todos aqueles que confessavam comunhão com Cristo deveriam “estar prontos para segui-Lo, obedecendo aos mandamentos de Deus e guardando-os em todas as coisas”.

Mais tarde, Rachel Oakes lembrou Wheeler de suas observações. Ela lhe disse:

– Eu quase me levantei naquele momento do culto para dizer algo.

– E o que você tinha em mente? – perguntou Wheeler.

– Eu queria falar que você devia arrumar de volta a mesa da Ceia e colocar a toalha sobre ela até começar a guardar os mandamentos de Deus.

Wheeler ficou chocado com um ataque tão direto. Depois de um tempo, ele contou a um amigo que as palavras da Sra. Oakes “cortaram mais fundo do que qualquer coisa que lhe haviam dito até então”. No entanto, ele refletiu sobre elas, estudou o assunto na Bíblia e logo começou a guardar o sábado.

Ao que parece, isso aconteceu em março de 1844. Depois disso, vários membros da igreja de Washington se uniram a Wheeler e William Farnsworth na observância do sábado bíblico.

Quando eu chegar ao Céu, uma das pessoas que quero procurar é Rachel Oakes. Ela deve ter sido uma figura peculiar. O mínimo que podemos dizer a seu respeito é que, com toda certeza, ela não tinha vergonha de compartilhar suas crenças. Deus lhe deu uma voz e ela a usou para espalhar a verdade do sábado. Provavelmente sua abordagem sobre esse tema era cristocêntrica, uma vez que Wheeler, um pastor metodista, não se esquivou dela.

Uma das lições que aprendemos com Rachel Oakes é que nunca sabemos a dimensão da influência que teremos sobre as outras pessoas. E isso vale para todos nós. Inclusive para você!


Meditações Diárias, 01 Mar. 2015 - Bates Aceita o Sábado (pt 2)

Meditações Diárias - Sol Serenat Omnia

LEITURA ANTERIOR: Meditações Diárias, 28 Fev. 2015 - Bates Aceita o Sábado (pt 1)


Bates Aceita o Sábado – 2

"E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera." Gênesis 2:3

Ontem constatamos que os batistas do sétimo dia tiveram certo êxito, no início dos anos 1840, em seus esforços para chamar a atenção de outros cristãos para o sábado bíblico.

O interessante é que parte significativa desse interesse desenvolveu-se entre os adventistas mileritas. Como resultado, o periódico Sabbath Recorder relatou, em junho de 1844, que “números consideráveis dentre aqueles que aguardam a breve aparição de Cristo aceitaram o sétimo dia e começaram a observar o sábado”.

O artigo também sugeria que a obediência ao sábado fazia parte do “melhor preparo” para o advento.

Não sabemos exatamente o que o Sabbath Recorder quis dizer com “números consideráveis” de mileritas que haviam começado a guardar o sábado até o verão de 1844, mas temos conhecimento de que a questão do sábado havia se tornado problemática o bastante por volta de setembro, a ponto de a publicação milerita Midnight Cry divulgar dois artigos detalhados sobre o assunto.

Em um deles, lemos: “Muitas pessoas treinaram a mente para respeitar uma suposta obrigação de observar o sétimo dia.” Os editores decidiram que, “pela lei, os cristãos não estão sob a exigência de separar nenhuma porção específica do tempo e considerá-la sagrada”. Mas, se tal conclusão fosse incorreta, “então pensamos que o sétimo dia seria o único dia de guarda sobre o qual há uma lei”.

O artigo final conclui com o pensamento de que “os irmãos e as irmãs que defendem o sétimo dia [...] estão tentando consertar o velho e quebrado jugo judaico para colocá-lo sobre o próprio pescoço”. O artigo também sugeria que os cristãos não deveriam chamar o domingo de sábado.

Os batistas do sétimo dia responderam aos artigos do Midnight Cry declarando o seguinte: “A recente descoberta dos crentes no segundo advento, que lhes dá a certeza de que Cristo virá no décimo dia do sétimo mês, provavelmente incapacitou a mente deles para dar a atenção devida às considerações sobre o sábado.”

E foi isso mesmo que aconteceu, mas a verdade bíblica é persistente. E podemos ser gratos por isso. Deus dirige Seu povo como um todo, e também individualmente, passo a passo, por meio de Sua Palavra.


domingo, 1 de março de 2015

Meditações Diárias, 02 Abr. 2015 - Morte e Ressurreição (pt 3)

Meditações Diárias - Sol Serenat Omnia

LEITURA ANTERIOR: Meditações Diárias, 01 Abr. 2015 - Morte e Ressureição (pt 2)

Morte e Ressurreição - 3 

"Então, a serpente disse à mulher: E certo que não morrereis." Gênesis 3:4

Duas vertentes levaram a verdade bíblica sobre a morte e o inferno para o adventismo do sétimo dia. George Storrs, que conhecemos anteriormente como um dos principais a propor o movimento do sétimo mês, estimulou uma delas. Em 1837, Storrs havia encontrado um livro de Henry Grew sobre o destino final dos ímpios. Grew argumentava em favor da "extinção completa do ser, em vez da preservação infinita do pecado e do sofrimento".

Até aquela ocasião, Storrs nunca duvidara de que as pessoas possuíssem uma alma imortal. Entretanto, a obra de Grew o impulsionou a um estudo completo do assunto na Bíblia. O resultado foi que Storrs "ficou convicto de que o ser huma­no não tem a imortalidade por criação, nem por nascimento. Ele começou a crer naquilo que os teólogos chamam de condicionalismo (isto é, as pessoas recebem a imortalidade somente sob a condição da fé em Cristo) e aniquilacionismo (a des­truição final e eterna dos ímpios, em vez da preservação da vida deles no fogo do inferno ao longo das eras sem fim).

O ensino de tais doutrinas colocou Storrs em conflito com o metodismo e con­tribuiu para sua decisão de resignar o ministério em 1840. Storrs expressou seu ponto de vista em livros como "Uma Investigação: A Alma dos ímpios É Imortal? Em Seis Sermões", de 1842. Ele declarou que a afirmação do diabo para Eva no jar­dim do Éden, "é certo que não morrereis", foi a maior de todas as mentiras.

Em 1842, Storrs se tornou milerita por meio do ministério de Charles Fitch. Infelizmente, todos os líderes mileritas, com exceção de Fitch, rejeitaram de forma veemente o ponto de vista de Storrs. Em 25 de janeiro de 1844, Fitch lhe escreveu acerca de suas convicções: "Como você tem lutado sozinho a batalha do Senhor na questão do estado dos mortos e da destruição final dos ímpios, escrevo para dizer que, afinal, depois de muito estudo, oração e convicção plena de meu dever peran­te Deus, estou preparado para me posicionar a seu lado. Estou totalmente conver­tido à verdade bíblica de que 'os mortos não sabem coisa nenhuma.'"

Sem querer esconder sua luz "debaixo de uma vasilha", Fitch logo pregou dois sermões sobre o assunto para sua igreja. "Eles provocaram um grande alvoroço", escreveu ele a Storrs. "Muitos já achavam antes que eu era endemoniado, mas agora têm certeza. Contudo, meu irmão, não tenho direito de me envergonhar da verdade de Deus sobre esse assunto, nem sobre nenhum outro."


Meditações Diárias, 01 Abr. 2015 - Morte e Ressureição (pt 2)

Meditações Diárias - Sol Serenat Omnia
Morte e Ressurreição – 2

"Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor." Romanos 6:23

Considerando as lutas de Ellen com o ensino tradicional sobre o inferno, não é de admirar que, mais tarde, tenha escrito: “Está além do poder do espírito humano avaliar o mal que tem sido feito pela heresia do tormento eterno. A religião da Bíblia, repleta de amor e bondade, e abundantemente de misericórdia, é obscurecida pela superstição e revestida de terror. […] As opiniões aterrorizadora acerca de Deus, que pelos ensinos do púlpito são espalhadas pelo mundo, têm feito milhares, e mesmo milhões de céticos e incrédulos” (GC, p. 536).

Preciso admitir que as mesmas questões me perturbavam. Tanto que, em 1997, escrevi um artigo para Signs of the Times [Sinais dos Tempos], intitulado “The Infinite Hitler” [O Hitler Infinito]. A ideia básica era que, se o ensino da tradição da igreja fosse verdadeiro, Hitler e Stalin pareceriam ser bonzinhos. Afinal, suas vítimas acabaram morrendo, ao passo que Deus queimaria as Suas em agonia consciente ao longo das intermináveis eras da eternidade. Outras pessoas devem ter reconhecido a lógica do artigo, pois recebeu o prêmio de mérito da Associated Church Press, em junho de 1998.
É claro que eu sabia que muitos outros concordariam, pois citei líderes intelectuais evangélicos como John R. W Stott e Clark Pinnock, os quais rejeitaram o ponto de vista tradicional para aderir ao bíblico.

Mas qual é o ponto de vista bíblico? E como os adventistas chegaram a ele? Começaremos a analisar essas questões amanhã, mas primeiro é importante saber se os seres humanos nascem ou não com a imortalidade. Os filósofos gregos dizem que sim, mas a Bíblia, embora admita que Deus a possua (1Timóteo 6:16), declara que os únicos seres humanos que a receberão são os que creem em Jesus e isso só acontecerá por ocasião do segundo advento de Cristo (1Coríntios 15:51-55).

Imortalidade significa não estar sujeito à morte. Logo, se os ímpios a tivessem, por definição viveriam de alguma forma ao longo da eternidade; mas se não têm, deverão morrer, como diz Romanos 6:23 com toda clareza. Não há outras opções.

Senhor, agradecemos porque Tu só concedes o dom da imortalidade aos que creem em Jesus. Também somos gratos porque o pecado e os pecadores não são imortais.

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Meditações Diárias, 20 Abr. 2015 - Possibilidades de Cooperação (pt 3)

Meditações Diárias - Sol Serenat Omnia

LEITURA ANTERIOR: Meditações Diárias, 19 Abr. 2015 - Possibilidades de Cooperação (pt 2)


Possibilidades de Cooperação - 3

"Cada um ajuda o outro e diz a seu irmão: "Seja forte!" Isaías 41:6

As redefinições relativas à porta fechada e à Babilônia abriram caminho para os guardadores do sábado cooperarem com pessoas que diferiam deles teologicamente. Entretanto, quais seriam os princípios orientadores dessa cooperação?

Mais uma vez, o apoio à santificação do domingo pela União das Mulheres Cristãs em Prol da Temperança provê um bom exemplo. Ellen White escreveu: "Lu/ me foi concedida que, enquanto não houver sacrifício de princípios de nossa parte, tanto quanto possível devemos nos unir a elas nos esforços em prol das refor­mas de temperança. [...]

"Foi-me mostrado que não devemos afastar as atuantes Mulheres Cristãs em Prol da Temperança. Ao nos unirmos com elas em prol da abstinência total, não mudamos de opinião quanto à observância do sétimo dia e podemos demonstrar nosso apreço pela posição que elas adotam na questão da temperança.

"Ao abrir a porta e convidá-las a se unir a nós na questão da temperança, garan­timos a ajuda delas nesse aspecto. E elas, ao se unirem a nós, ouvirão novas verda­des que o Espírito Santo está esperando para com elas lhes impressionar o cora­ção" (RH, 18 de junho de 1908).

Foi o mesmo espírito de conciliação que levou Ellen White a sugerir que os pastores adventistas conhecessem os outros ministros de sua região, deixando-os saber que os adventistas eram "reformadores, mas não fanáticos". Seu conselho foi que se concentrassem nos "terrenos comuns" que os adventistas compartilham com os outros e "apresentar a verdade tal como é em Jesus", em vez de menosprezar as outras igrejas. Usando tais técnicas, os pastores adventistas poderiam "aproximar-se dos pastores de outras denominações" (Ev, p. 143,144, 227, 562).

Precisamos tomar cuidado para não disparar a "arma da Babilônia" em direção a todos que não entendem as coisas como nós. A história adventista é reveladora nesse aspecto. A redefinição do tema Babilônia, nos anos 1850, provê um fundamento cru­cial para a participação do adventismo em um mundo que ainda não chegou ao fim.

Esse foi o fruto do crescimento de Tiago White na compreensão sobre as duas etapas da queda de Babilônia, em 1859. Precisamos aprender a viver na tensão de trabalhar com aqueles que diferem de nós ao mesmo tempo em que nos mante­mos firmes, de pé nas belas verdades bíblicas que nos tornam um povo. A outra opção seria viver numa clausura completa.

Ajuda-nos, Senhor, a aprender os princípios e as necessidades de cooperação enquanto tentamos mudar o mundo.

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Meditações Diárias, 12 Abr. 2015 - Mudança Sobre a Porta Aberta (pt 1)

Meditações Diárias - Sol Serenat Omnia


Mudança Sobre a Porta Aberta - 1

"Eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta." Apocalipse 3:8

Os primeiros guardadores do sábado eram adventistas da "porta fechada". Miller tirou a expressão "porta fechada" de Mateus 25:10, para referir-se ao fim do tempo da graça, antes da chegada do Noivo. Outra forma de expressar é dizer que Miller acreditava que todas as pessoas já terão tomado uma decisão a favor ou con­tra Jesus antes de Sua segunda vinda e que não haverá uma segunda chance após esse acontecimento. Trata-se de um ensino bíblico sensato.

Entretanto, a concepção de Miller acerca da porta fechada tinha um proble­ma embutido. Ele havia relacionado o segundo advento ao fim das 2.300 tardes e manhãs de Daniel 8:14. Portanto, cria que, no final de 1844, a porta da graça havia se fechado, no dia 22 de outubro, e, por isso, a obra de pregar o evangelho aos peca­dores terminara. Assim, mais nenhum pecador se converteria.

Todos os primeiros adventistas guardadores do sábado, sem exceção, acre­ditavam na ideia da porta fechada. Contudo, conforme vimos anteriormente, o estudo da Bíblia logo os levou a concluir que a purificação do santuário não era o segundo advento, mas estava ligada ao ministério de Cristo no santuário celestial.

Naquele momento, eles se viram tentando sustentar uma teologia que não se encaixava mais. Haviam mudado a interpretação da purificação do santuário, porém não reinterpretaram o instante do fechamento da porta. No entanto, a transfor­mação de uma crença exigia a mudança da outra, mas tal ideia não ficou clara de imediato para os guardadores do sábado.

Foi só no início dos anos 1850 que eles chegaram a uma posição harmônica sobre o assunto. Entretanto, a mudança não ocorreu a princípio por terem perce­bido que erraram. Em vez disso, enfrentaram outro problema que não se resolvia. Quer gostassem quer não, continuavam a receber conversos que não haviam pas­sado pela experiência milerita. A princípio, pensaram que deveriam se recusar a batizá-los. Isso aconteceu com Joseph H. Waggoner, que mais tarde se tornou um líder ministerial dos adventistas do sétimo dia.

Foi a realidade desses conversos que levou os guardadores do sábado de volta à Bíblia para reestudar o assunto. No fim de 1851, perceberam o erro cometido. O resultado foi a conclusão de que verdadeiramente a porta da graça se fecharia antes do advento, mas que tal evento ainda estava por ocorrer. Esse insight abriu as portas para que a mensagem fosse espalhada a todos.

É realmente bom saber que Deus nos guia mesmo em meio a nossas confusões!

Meditações Diárias, 19 Abr. 2015 - Possibilidades de Cooperação (pt 2)

Meditações Diárias - Sol Serenat Omnia

LEITURA ANTERIOR: Meditações Diárias, 18 Abr. 2015 - Possibilidades de Cooperação


Possibilidades de Cooperação - 2 

"Mestre", disse João, "vimos um homem expulsando demônios em Teu nome e procuramos impedi-lo, porque ele não era um dos nossos." Marcos 9:38, NVI

"'Não o impeçam', disse Jesus. 'Ninguém que faça um milagre em Meu nome, pode falar mal de Mim logo em seguida, pois quem não é contra nós está a nosso favor" (Mc 9:39,40, NVI).

Deveriam os adventistas unir esforços publicamente com aqueles que mistu­ram a verdade com erros teológicos graves? Foi esse o questionamento de ontem.

Ellen White e outros adventistas dos anos 1890 sabiam muito bem do ponto de vista favorável ao domingo por parte da União das Mulheres Cristãs em Prol da Temperança, mas procuraram cooperar com a entidade o máximo possível naquela época.

Havia outros adventistas que não tinham certeza se essa era a atitude correta. Por exemplo, Alonzo T. Jones, editor da Review and Herald, publicou uma série de editoriais sugerindo que essa União era apóstata e ainda não tinha feito o sufi­ciente em sua oposição à tolerância religiosa.

Essa mentalidade maniqueísta desencadeou uma série de cartas da Ellen White. Por ser uma pessoa disposta a trabalhar mesmo com um pouco de conflito, ela aconselhou Jones a não ser tão duro e crítico com aqueles que não viam as coisas com os olhos adventistas. Escreveu: "Há verdades vitais sobre as quais eles recebe­ram bem pouca luz," Por isso, "devem ser tratados com carinho, amor e respeito pela boa obra que realizam. Você não deve lidar com eles dessa maneira" (Ct 62,1900).

Ela observou que não estava argumentando com a "real verdade" da posição de Jones, mas, sim, com sua falta de visão, tato e gentileza. Afirmou que a abordagem dele levaria os membros da União das Mulheres Cristãs em Prol da Temperança a concluir: "Veja bem, é impossível ter qualquer contato com os adventistas do séti­mo dia; pois só nos dão a escolha de nos relacionarmos com eles se acreditarmos exatamente da mesma forma que eles" (ibid).

Assim ela se opôs por completo à atitude radical. Em vez disso, comentou: "Devemos tentar conquistar a confiança das atuantes na União das Mulheres Cristãs e nos harmonizar com elas tanto quanto possível. Elas podem aprender coisas de nós e nós delas" (ibid.).

Ela orientou Jones a não representar a verdade como algo "tão pavoroso" que leva os outros a se afastarem desesperados. Insistiu que demonstrasse "ternura cris­tã" àqueles que não viam as coisas como ele (ibid.).

Como está meu "quociente de tolerância"? Minha abordagem com aqueles que diferem de mim expressa "ternura cristã"?

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Meditações Diárias, 11 Abr. 2015 - Alternativa à Marcação de Datas (pt 2)

Meditações Diárias - Sol Serenat Omnia


Alternativa à Marcação de Datas - 2

"Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes." Mateus 25:40

Como ser um adventista fiel? Essa é a pergunta crucial. Os discípulos e os pri­meiros cristãos, como muitos de nós atualmente, queriam passar o tempo todo em empolgação emocional. No entanto, Jesus procurou direcionar a atenção deles a uma esfera mais sóbria do viver cristão no mundo cotidiano.

Ontem encerramos com a parábola das ovelhas e dos cabritos, em Mateus 25:31-46. Ellen White compreendeu o sentido das palavras de Cristo ao escrever: "Assim descreveu Cristo aos discípulos, no monte das Oliveiras, as cenas do grande dia do juízo. E apresentou sua decisão como girando em torno de um ponto. Quando as nações se reunirem diante dEle, não haverá senão duas classes, e seu destino eterno será determinado pelo que houverem feito ou negligenciado fazer por Ele na pes­soa dos pobres e sofredores. [...] Aqueles que Cristo louva no juízo, talvez tenham conhecido pouco de teologia, mas nutriram Seus princípios. Mediante a influên­cia do divino Espírito, foram uma bênção para os que os cercavam. Mesmo entre os gentios existem pessoas que têm cultivado o espírito de bondade; antes de lhes haverem caído aos ouvidos as palavras de vida, acolheram com simpatia os missio­nários, servindo-os mesmo com perigo da própria vida. Há, entre os gentios, pes­soas que servem a Deus ignorantemente, a quem a luz nunca foi levada por ins­trumentos humanos; todavia não perecerão. Conquanto ignorantes da lei escrita de Deus, ouviram Sua voz a falar-lhes por meio da natureza, e fizeram aquilo que a lei requeria. Suas obras testificam que o Espírito Santo lhes tocou o coração, e são reconhecidos como filhos de Deus" (DTN, p. 637, 638).

O Espírito Santo tem tocado seu coração? Onde está seu foco Como adven­tista? Na empolgação do último pregador que convence a igreja da proximidade do advento? Ou no "dever presente" enquanto aguardamos tal acontecimento?

Devo admitir que, por definição, a empolgação é mais cativante; porém, o "dever presente" é mais cristão.

De acordo com Jesus, o verdadeiro adventista não é aquele que só consegue pensar em como a vinda de Cristo está próxima, mas, sim, aquele que vive o amor de Deus enquanto espera, aguarda e vigia a chegada desse dia.

Hoje, meu amigo, Jesus quer que cada um de nós dedique mais uma vez a pró­pria vida à missão de ser cristãos neste mundo, enquanto aguardamos o vindouro.

Meditações Diárias, 18 Abr. 2015 - Possibilidades de Cooperação

Meditações Diárias - Sol Serenat Omnia

LEITURA ANTERIOR: Meditações Diárias, 17 Abr. 2015 - O Ajuste da Segunda Mensagem Angélica (pt 2)

Possibilidades de Cooperação - 1

"Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a Mim Me convém conduzi-las; elas ouvirão a Minha voz; então, haverá um rebanho e um pastor." João 10:16

Com a reinterpretação do assunto da porta fechada e da queda de Babilônia, Tiago e Ellen White criaram o fundamento teológico para a cooperação do adventismo com outros grupos cristãos. Tal parceria se tornou uma questão cada vez mais forte, à medida que os adventistas do sétimo dia perceberam que o segundo advento não estava tão próximo quanto eles haviam esperado a princípio.

Todavia, a associação com as pessoas "de fora" traria as próprias tensões para a denominação, as quais dividiriam o pensamento adventista naquilo que podemos classificar como orientações "moderada" e "radical". Os moderados eram favoráveis à cooperação que não comprometesse a integridade teológica e ética do movimen­to, ao passo que os radicais tinham dificuldade em trabalhar com qualquer grupo que não entendesse as coisas exatamente como eles.

Um caso ilustrativo é a relação do adventismo com a União das Mulheres Cristãs em Prol da Temperança. Sem dúvida, tal movimento contava com boas ideias, pois defendia a temperança, em conformidade com as preocupações do adventismo. O resultado foi que, a partir de 1877, os adventistas começaram a unir esforços com essa instituição.

As integrantes do grupo aparentemente só defendiam boas ideias. Contudo, em 1887, elas misturaram as coisas ao se aliarem à Associação Nacional de Reforma, na iniciativa de conseguir a aprovação de uma lei federal apoiando o caráter sagra­do do domingo. Naquele mesmo ano, a União das Mulheres Cristãs incluiu um departamento de observância do domingo em sua organização. No ano seguinte, apoiou um projeto de lei federal em prol da guarda do domingo.

Tais passos demonstravam que aquele grupo estava se transformando rapida­mente em uma completa Babilônia aos olhos de alguns adventistas. Embora tives­sem "a verdade" no que se refere à temperança, ao mesmo tempo apoiavam o "erro" quanto à questão do sábado. Eles concluíram que, se isso não fosse confusão ou Babilônia, o que seria então? Tais mudanças continuaram a causar preocupação entre as fileiras adventistas ao longo dos anos 1890.

Esses são os fatos do caso. A tarefa de hoje é: debater com outros ou pensar sobre qual deve ser a atitude apropriada e que rumo tomar numa situação como essa.

Como tais questões afetam o que significa ser um cristão adventista no mundo contemporâneo?

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Meditações Diárias, 10 Abr. 2015 - Alternativa à Marcação de Datas (pt 1)

Meditações Diárias - Sol Serenat Omnia

LEITURA ANTERIOR: Meditações Diárias, 09 Abr. 2015 - A Tentação de Marcar Datas (pt 4)

Alternativa à Marcação de Datas - 1

"Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor." Mateus 25:21

Em Mateus 24 e 25, há um sermão estranho! Encontramos os discípulos pergun­tando a Cristo sobre a destruição do templo e pedindo um sinal de Seu retorno e do fim de todas as coisas. Sendo bem claro, preciso dizer que a resposta de Jesus deve ter sido frustrante. Para começar, Ele alistou uma série de "sinais" que ocorrem em todas as eras, como guerras, terremotos e fomes; em seguida, prosseguiu afirman­do que "ainda não é o fim", "porém tudo isto é o princípio das dores" (Mt 24:6, 8).

Além disso, Cristo mencionou, ao mesmo tempo, acontecimentos ligados à des­truição de Jerusalém, em 70 d.C, e ao segundo advento. E como se não bastasse, disse-lhes que ninguém, a não ser Deus, sabe a hora desse evento (v. 36). Jesus con­cluiu sua exposição, após o pedido por um sinal, com uma admoestação: "Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor" (v. 42). Ele também pode­ria muito bem ter dito: "Não se preocupem com o tempo."

Naquele momento, em Seu sermão, Jesus deixou de lado os sinais e passou a abordar o que mais precisava falar a Seus discípulos que desejavam a chegada do fim o mais rápido possível. A partir do versículo 43, Cristo conta cinco parábo­las que se movem progressivamente ao que eles maisnecessitavam ouvir, em vez daquilo que mais queriam ouvir (isto é, quão próximo estava o fim).

A primeira parábola (v. 43, 44) apenas lhes orienta a vigiar, uma vez que não conheciam a hora do segundo advento. A segunda (v. 45-51) diz que eles tinham deveres a cumprir enquanto vigiavam e esperavam, e que o tempo demoraria mais do que imaginavam. A terceira (Mt 25:1-13) continua o tema da vinda tardia, ressaltando a necessidade de preparo para o evento. A quarta parábola (v. 14-30) ressalta como eles deveriam se preparar. Necessitavam desenvolver e colocar em prática seus talentos com fidelidade. E o clímax das parábolas - a que fala das ove­lhas e dos cabritos (v. 31-46) - declara de maneira explícita a natureza essencial do trabalho que deveria ser feito no período de espera e vigilância.

Em outras palavras, Jesus afasta toda a discussão acerca do tempo preciso e a dirige ao "dever presente". John Wesley, fundador do metodismo, entendeu o que Cristo queria dizer. Quando alguém lhe perguntava o que ele faria hoje caso tives­se a certeza de que Jesus voltaria amanhã, respondia que faria exatamente o que havia planejado.

Senhor, ajuda-nos a reconhecer que estar prontos não significa empolgação, mas o cumprimento de Tua vontade enquanto vivemos neste mundo.

Meditações Diárias, 09 Abr. 2015 - A Tentação de Marcar Datas (pt 4)

Meditações Diárias - Sol Serenat Omnia

LEITURA ANTERIOR: Meditações Diárias, 08 Abr. 2015 - A Tentação de Marcar Datas (pt 3)

A Tentação de Marcar Datas - 4

"E, tardando o noivo, foram todas tomadas de sono e adormeceram." Mateus 25:5

A reação de Ellen White à postura de Bates, em 1851, não foi sua primeira manifestação contrária à marcação de datas. Desde 1845, ela advertia repetidas vezes aos irmãos que o tempo não era mais uma prova e, cada vez que passava uma data sugerida, enfraquecia a fé daqueles que nela haviam depositado sua esperan­ça. Até mesmo sua primeira visão dava pistas de que a cidade poderia se encontrar "muito longe". Em resposta a sua posição referente à marcação de datas, alguns a acusaram "de ser como o mau servo que dizia em seu coração: 'Meu Senhor tarde virá'" (PE, p. 14,15, 22).

Ela tinha certeza de que a terceira mensagem angélica provia um alicerce mais sólido para sua fé do que a marcação de datas. Além disso, ao comentar o assun­to das datas, ela sempre afastava os guardadores do sábado da empolgação quanto ao momento marcado, em direção a seu dever presente na Terra. Com o tempo, tal ênfase proveu a justificativa para a criação de instituições que poderiam levar o adventismo do sétimo dia a todos os cantos do planeta. Jesus é claro quanto à questão de marcar datas, em Mateus 24. Por conta disso, Ellen White expõe os problemas ligados a essa prática.

No entanto, adventistas do sétimo dia marcadores de datas continuam em sua tentativa desesperada de manter a empolgação. Lembro-me de 1964. Muitos tinham certeza de que Jesus voltaria naquele ano porque a Bíblia ensinava que "assim como foi nos dias de Noé, será também nos dias do Filho do Homem" (Lc 17:26). E Noé não pregara sua mensagem por 120 anos até o dilúvio chegar? Então pronto! Era isso! Os adventistas vinham pregando sua mensagem por 120 anos desde 1844. A "prova" era conclusiva. Jesus retornaria em 1964, provavelmente no dia 22 de outubro.

Então veio o ano 2000, o início do sétimo milênio, o milênio sabático de des­canso celestial. Pessoas de todas as partes se empolgaram com isso. Por volta daque­le ano, um livro adventista que ficou entre os mais vendidos chegou ao mercado mostrando um relógio indicando poucos minutos para a meia-noite, quando che­garia o Noivo.

É triste o fato de muitos adventistas continuarem vulneráveis à marcação de datas e desligados de seu "dever presente". Infelizmente, entendem ao contrário a mensagem de Jesus em Mateus 24 e 25.

Ajuda-nos, Senhor, a desejar alimento sólido, em vez de açúcar espiritual.

Meditações Diárias, 17 Abr. 2015 - O Ajuste da Segunda Mensagem Angélica (pt 2)

Meditações Diárias - Sol Serenat Omnia

LEITURA ANTERIOR: Meditações Diárias, 16 Abr. 2015 - O Ajuste da Segunda Mensagem Angélica (pt 1)


O Ajuste da Segunda Mensagem Angélica - 2

"Depois destas coisas, vi descer do céu outro anjo, que tinha grande autoridade, e a Terra se iluminou com a sua glória. Então, exclamou com potente voz, dizendo: Caiu! Caiu a grande Babilônia." Apocalipse 18:1, 2

Depois que os guardadores do sábado deixaram de defender o ensino de que a porta da graça havia se fechado, abriu-se o caminho para outra compreensão da queda de Babilônia.

Eles passaram a entender que a segunda mensagem angélica apresenta­va a queda de Babilônia em duas etapas. Ao passo que Fitch havia considerado Apocalipse 14:8 e 18:1-4 um só evento, Tiago White e os guardadores do sába­do começaram a interpretar os acontecimentos como dois incidentes separados.

Tiago observou que a queda da Babilônia narrada em 14:8 "se encontra no pas­sado", enquanto a apresentada em 18:1-4 é presente e sobretudo futura. Conforme ele declarou em 1859: "Primeiro ela cai [14:8]; em segundo lugar, torna-se morada de demónios e 'covil de toda espécie de espírito imundo' [...]; terceiro, o povo de Deus é chamado para sair dela; e quarto, as pragas divinas são derramadas sobre ela."

Portanto, embora os guardadores do sábado cressem que o mundo religioso cometera um grave erro durante o início dos anos 1840 ao rejeitar a mensagem do segundo advento com veemência, essa recusa foi apenas o início da confusão. Acontecimentos posteriores, especialmente no fim dos tempos, levariam essas denominações a uma desordem moral e doutrinária ainda mais séria. Como resul­tado, Deus finalmente desistirá daqueles que escolheram fazer parte de Babilônia.

Ellen White concordou com a reinterpretação de seu esposo sobre a queda progressiva de Babilônia, mas, com o tempo, ela foi além disso. De acordo com a Sra. White, "o cumprimento perfeito de Apocalipse 14:8 está ainda no futuro". Uma consequência disso é que "a grande massa dos verdadeiros seguidores de Cristo encontra-se ainda" em igrejas fora do adventismo. Logo, Babilônia está confusa, mas ainda não caiu por completo. Como resultado, declarou ela, o chamado "Sai dela, povo Meu", de Apocalipse 18:1-4, constituirá "a advertência final a ser dada aos habitantes da Terra" (GC, p. 390, 604).

Senhor, ajuda-me hoje a desenvolver um coração compreensivo que defende a verda­de, mas que mostra bondade àqueles que não enxergam as coisas da mesma forma que eu.

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Meditações Diárias, 16 Abr. 2015 - O Ajuste da Segunda Mensagem Angélica (pt 1)

Meditações Diárias - Sol Serenat Omnia

LEITURA ANTERIOR: Meditações Diárias, 15 Abr. 2015 - A Mensagem Aperfeiçoada


O Ajuste da Segunda Mensagem Angélica -1

"Um segundo anjo seguiu o primeiro, dizendo: - Caiu! Caiu a grande Babilônia! Ela embriagou todos os povos, dando-lhes o seu vinho, o vinho forte da sua terrível imoralidade!" Apocalipse 14:8

Até que ponto os adventistas do sétimo dia devem cooperar com outras deno­minações cristãs? A igreja e seus membros devem participar de projetos sociais com outras denominações? Caso sim, por quê?

Tais perguntas são importantes. Afinal, nossos primeiros companheiros de fé não ensinavam que todas as outras igrejas fazem parte da Babilônia caída de Apocalipse 14:8 e 18:1-4?

É certo que sim. E por causa desse ensino, o adventismo ainda enfrenta tensão em vários subgrupos quanto à problemática da cooperação com outros cristãos. Felizmente, a história do adventismo lança bastante luz sobre o tema da queda da Babilônia e sobre as questões relacionadas a isso.

Conforme observamos antes, as primeiras interpretações adventistas acerca da Babilônia já existiam bem antes do nascimento do adventismo do sétimo dia. Observamos que Charles Fitch abriu caminho para o conceito milerita quando começou a proclamar a queda da Babilônia, no verão de 1843. Para Fitch, a Babilônia era formada tanto por católicos romanos quanto por protestantes que rejeitavam os ensinos da Bíblia sobre o segundo advento.

Tiago White ratificou a compreensão básica em 1859, ao escrever: "Sem hesi­tar, aplicamos o título de Babilônia do Apocalipse a todo o cristianismo corrupto." A corrupção envolvia queda moral e a mistura de ensinos cristãos com filosofias não cristãs, por exemplo, a imortalidade da alma, que deixava as igrejas sem defe­sa contra o espiritualismo. Em suma, Babilônia representava as igrejas confusas.

Entretanto, com a passagem do tempo, os adventistas guardadores do sába­do, no início dos anos 1850, começaram a perceber que as denominações fiéis ao domingo não se encontravam erradas em muitas áreas de seu ensino e de sua prá­tica. O mundo não era tão preto no branco quanto haviam pensado a princípio. Tais pensamentos os colocaram em um caminho que levaria a mais discernimen­to no tocante às consequências da segunda mensagem angélica.

Ajuda-nos, Pai, a manter os olhos abertos para o bem que há nos outros, até mesmo naqueles que estão confusos em seu sistema de crenças.

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Meditações Diárias, 08 Abr. 2015 - A Tentação de Marcar Datas (pt 3)

Meditações Diárias - Sol Serenat Omnia


A Tentação de Marcar Datas - 3

"Depois de muito tempo, voltou o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles." Mateus 25:19

Ontem vimos José Bates lutando com toda força com o aspecto da "tardança" do sermão de Jesus em Mateus 24 e 25. Com base no princípio de uma mancha de sangue por ano, ele determinou que Jesus voltaria em outubro de 1851. Também percebemos que Ellen White questionou Bates, mas ela não havia terminado. Ouçamos um pouco mais.

Na Review de 21 de julho de 1851, escreveu: "Vi que alguns faziam tudo para se inclinar para o período do próximo outono, isto é, baseando seus cálculos em referência a esse momento. Vi que isso estava errado, por este motivo: Em vez de ir a Deus todos os dias para conhecer seu dever presente, eles olham para frente e fazem cálculos como se soubessem que a obra terminaria neste outono, sem per­guntar a Deus todos os dias qual é seu dever."

No mês seguinte, Tiago foi bem claro com Bates, afirmando que fora contra seu ensino de datas desde o início, um ano antes. Referindo-se especificamente à teoria do outro pioneiro, Tiago escreveu: "Alguns que espalham tal ensino são por nós muito estimados, e os amamos com todo fervor' como irmãos. Sentimos que nos demoramos muito em dizer algo que possa magoar seus sentimentos; no entanto, não podemos deixar de dar alguns motivos por que não aceitamos a questão do tempo" Então ele mencionou seis razões que o levavam a crer que Bates estava errado.

O confronto combinado dos White parece ter convencido Bates (que cria no dom profético de Ellen) de que estava errado quanto à questão de datas. Pouco depois, ele e a maioria dos que o haviam seguido abandonaram a ênfase. O resul­tado foi que, no início de setembro, Tiago pôde constatar que "o tempo de sete anos" não era mais assunto em sua recente viagem pelas igrejas. Alguns, porém, conforme Ellen observou em novembro, se apegaram à expectativa do tempo e se encontravam muito "abatidos e sombrios", confusos e perturbados (Ct 8, 1851).

A crise das "sete manchas" fez Bates superar a marcação de datas. Depois disso, embora ele considerasse que o fim estava próximo, nunca mais marcou data

Que pena que alguns de seus seguidores espirituais não entenderam esse aspec­to! A tentação de definir datas, com a empolgação resultante e o desapontamen­to final, continua entre nós. Infelizmente, muitos adventistas estão mais interes­sados na agitação do segundo advento do que no "dever presente". As bênçãos de Deus só podem ser esperadas se invertermos nossas prioridades.

Senhor, ajuda-nos a conhecermos hoje o nosso "dever presente".

Meditações Diárias, 15 Abr. 2015 - A Mensagem Aperfeiçoada

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LEITURA ANTERIOR: Meditações Diárias, 14 Abr. 2015 - Mudança Sobre a Porta Aberta (pt 2)


A Mensagem Aperfeiçoada

"Pois o Cordeiro que Se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida." Apocalipse 7: 17

O revisionismo fez parte da progressão do movimento da guarda do sábado nos anos 1850, à medida que seus integrantes começaram a analisar mais uma vez alguns de seus conceitos e ajustá-los da maneira apropriada.

Foi isso que aconteceu com a questão da porta fechada, conforme vimos ontem. Assim, no início de 1852, Tiago White podia proclamar: "Essa porta aber­ta nós ensinamos e convidamos a todos que têm ouvidos a ouvirem, a se dirigirem a ela e encontrarem salvação mediante Jesus Cristo. Há glória excelsa na visão de que Jesus abriu a porta para o santíssimo. [...] Se disserem que somos da teoria da porta aberta e do sábado, do sétimo dia, não nos oporemos, pois essa é nossa fé."

Durante o início dos anos 1850, ele e outros guardadores do sábado se alegra­vam não só pela guia progressiva de Deus, mas também pela beleza de sua men­sagem e a magnitude da missão que o Senhor colocou diante deles.

Havia vitalidade na atitude deles. Não sentiram medo de admitir que haviam cometido um erro. Além de permanecerem firmes nas crenças que defendiam por causa do estudo cuidadoso da Bíblia, estavam dispostos a adaptar aquelas que o tempo e o estudo adicional demonstrassem ser equivocadas.

Algumas pessoas pensam que a mensagem da Igreja Adventista do Sétimo Dia já nasceu com pleno desenvolvimento lá na década de 1840.

Nada poderia ser mais falso. O sistema adventista de crença é um aspecto dinâ­mico do movimento. A medida que Deus conduz, a denominação tem se mostra­do disposta a seguir. Por isso, a compreensão das verdades bíblicas e da missão cresceu e se expandiu ao longo do tempo. Baseando-se naquilo que comprovada-mente é sólido, inclusive em suas colunas doutrinárias centrais e na compreensão do desenrolar das profecias de Apocalipse 12:1 a 14:20, os adventistas continuam a ajustar seu sistema de crenças para corresponder a um entendimento mais ade­quado da mensagem bíblica e das necessidades de um mundo pecador.

E a transformação ainda não acabou. Deus continuará a conduzir Seu povo até o dia em que virmos Cristo voltando nas nuvens.

Pai, nós Te agradecemos por Tua orientação no passado. E aguardamos ansio­sos Tua guia no futuro. Ajuda-nos a ter a mente aberta e o coração pronto à medi­da que nos diriges passo a passo.

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Meditações Diárias, 14 Abr. 2015 - Mudança Sobre a Porta Aberta (pt 2)

Meditações Diárias - Sol Serenat Omnia

LEITURA ANTERIOR: Meditações Diárias, 13 Abr. 2015 - Deus Usa Até Nossos Erros


Mudança Sobre a Porta Aberta - 2

"Estas coisas diz o santo, o verdadeiro, aquele que tem a chave de Davi, que abre, e ninguém fechará, e que fecha, e ninguém abrirá." Apocalipse 3:7

Um dos acontecimentos mais significativos para o adventismo do sétimo dia foi a mudança da porta fechada para a porta aberta, no início dos anos 1850.

Antes de analisarmos a nova posição, é necessário resumir os vários significa­dos que eles atribuíam ao antigo ponto de vista: (1) a porta da graça teria se fechado em 22 de outubro de 1844; (2) uma profecia se cumprira nessa data; e (3) a missão evangelística deles após esse período se restringia aos que haviam sido mileritas.

A maioria das discussões sobre o assunto se concentrava no primeiro e no ter­ceiro pontos, mas o segundo era igualmente importante.

No entanto, conforme observamos antes, o cumprimento da profecia certa­mente não era o segundo advento. Logo, a porta da graça não havia se fechado. O resultado é que eles acabaram reconhecendo o erro do primeiro ponto e abri­ram mão da interpretação da porta fechada.

Tal conclusão os levou a mudar de ideia quanto ao terceiro ponto. Desde a visão de Ellen White, em novembro de 1848, a respeito da mensagem do adven­to se espalhando pelo mundo como raios de luz, a percepção de uma missão com portas abertas começou a despontar aos poucos entre os relutantes fiéis. Eles pas­saram a. ver, progressivamente com mais clareza, que tinham uma mensagem do tempo do fim para todo o mundo, não só para os ex-mileritas.

Conforme Ellen White expressou em março de 1849: "Mostrou-se-me então [...] que o tempo para os mandamentos de Deus brilharem em toda a sua importân­cia [...J seria quando a porta fosse aberta no lugar santíssimo do santuário celestial, onde está a arca que contém os Dez Mandamentos." Segundo essa visão, em 1844, Jesus Se levantou, fechou a porta do lugar santo e abriu a do santíssimo: "Vi que Jesus havia fechado a porta do lugar santo, e que nenhum homem poderia abri-la; e que Ele havia aberto a porta para o santíssimo, e que homem algum podia fechá-la" (PE, p. 42). Com essa abertura, chegou o discernimento sobre uma nova mensagem a respeito do sábado e de assuntos proféticos relacionados que acabariam levando os guardadores do sábado até as extremidades da Terra.

No que se refere à missão, o adventismo nunca mais seria o mesmo. Diante do movimento estava uma missão com portas abertas. Esses mensageiros tinham uma mensagem que o mundo precisava ouvir antes do advento de Jesus nas nuvens.

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Meditações Diárias, 07 Abr. 2015 - A Tentação de Marcar Datas (pt 2)

Meditações Diárias - Sol Serenat Omnia

LEITURA ANTERIOR: Meditações Diárias, 06 Abr. 2015 - A Tentação de Marcar Datas (pt 1)

A Tentação de Marcar Datas - 2

"Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor." Mateus 24:42

Será que Jesus está certo disso? "Com certeza, deve haver alguma maneira de determinar o tempo, pelo menos para nós, adventistas fiéis."

Era o que José Bates pensava, em 1850. O fato de o tempo passar certamente o desanimava. Afinal, seis longos anos haviam decorrido desde o desapontamen­to milerita. É claro que ele conseguiria descobrir a data se trabalhasse duro o bas­tante. E em 1850, Bates estava certo de que alcançara isso.

Naquele ano, ele escreveu: "Tenho toda convicção de que as sete manchas de sangue no altar de ouro diante do propiciatório representam a duração dos pro­cedimentos judiciais ligados aos santos vivos no lugar santíssimo."

Muitos de nós já ouvimos falar sobre o princípio bíblico de um dia correspon­der a um ano na interpretação profética. Entretanto, Bates criou um método novo: o princípio de uma mancha de sangue correspondente a um ano! Usando sua "nova luz", ele concluiu que o julgamento pré-advento duraria sete anos e terminaria em outubro de 1851, ocasião em que Cristo voltaria.

Considerando sua influência dentro dos círculos dos guardadores do sábado, Bates logo arrebanhou seguidores desse novo esquema, mas o casal White resis­tiu à ideia com firmeza.

Em novembro de 1850, Ellen declarou publicamente: "O Senhor me mostrou que o tempo não é uma prova desde 1844 e nunca mais será" (PT, novembro de 1850).

No dia 21 de julho de 1851, quando a empolgação pelo assunto crescia, ela escreveu na Review and Herald: "O Senhor me mostrou que a mensagem do ter­ceiro anjo deve prosseguir e ser proclamada aos filhos dispersos do Senhor, e que ela não deve se basear no tempo; pois o tempo nunca mais será uma prova. Vi que alguns estavam recebendo uma falsa animação proveniente da pregação sobre o tempo e que a terceira mensagem angélica é mais forte do que o tempo. Observei que essa mensagem pode se firmar em bases próprias, não necessitando do tempo para fortalecê-la, e que ela deve prosseguir em poder a fim de fazer sua obra."

A igreja de hoje precisa dar ouvidos a esses insights. Ao olhar para o adventismo, vejo um povo que esqueceu o poder de sua mensagem. Lembro-me como a impetuosidade do fluxo temporal no Apocalipse mexeu comigo quando o com­preendi pela primeira vez quase 50 anos atrás. Os anos não diminuíram seu poder. Uma das maiores necessidades do adventismo atual é recuperar sua mensagem.

Meditações Diárias, 06 Abr. 2015 - A Tentação de Marcar Datas (pt 1)

Meditações Diárias - Sol Serenat Omnia

LEITURA ANTERIOR: Meditações Diárias, 05 Abr. 2015 - Privação Financeira

A Tentação de Marcar Datas - 1

"Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos Céus, nem o Filho, senão o Pai." Mateus 24:36

A despeito das claras palavras de Jesus sobre o assunto e da crise milerita na tentativa de marcar a data do segundo advento, era uma constante tentação para os adventistas descobrir a data do advento ou chegar o mais próximo possível disso. Precisamos admitir que é uma possibilidade empolgante, mas o fracasso inevitá­vel tem um efeito perturbador sobre a igreja e seus membros.

Após a falha da predição de que Cristo voltaria em outubro de 1844, pare­cia natural para os adventistas desapontados continuarem a marcar datas para tal acontecimento com base em diversas profecias. Assim, Guilherme Miller e Josiah Litch passaram a esperar o retorno de Jesus antes do fim do ano judaico de 1844 (isto é, até a primavera de 1845). H. H. Gross, Joseph Marsh e outros projetaram datas em 1846 e, quando esse ano terminou, Gross encontrou motivos para espe­rar por Cristo em 1847.

Os primeiros adventistas guardadores do sábado não estavam imunes à marca­ção de datas. Em setembro de 1845, Tiago White acreditava com firmeza que Jesus viria no décimo dia do sétimo mês judaico, em outubro daquele ano. Foi por esse motivo que ele argumentou publicamente que o casal adventista que anunciava seu casamento havia "negado a fé" no segundo advento, uma vez que "tal passo parecia antever anos de vida neste mundo".

Contudo, "alguns dias antes que passasse o tempo esperado", relembra Tiago, "eu me encontrava em Fairhaven e Darthmouth, Massachusetts, com uma mensagem sobre esse assunto de datas. Ellen estava com o grupo em Carver, Massachusetts, onde teve uma visão de que nós seríamos desapontados, e os santos deveriam pas­sar pelo 'tempo da angústia de Jacó', ainda no futuro. A visão da angústia de Jacó foi algo completamente novo para nós e para ela também".

Parece que tal experiência curou Tiago White da tentativa de especular sobre a data do segundo advento. No entanto, como veremos amanhã, ela certamente não impediu José Bates.

Os discípulos também queriam que Jesus fizesse isso, como está relatado em Mateus 24, mas Ele Se recusou e continua a Se recusar. Essa é uma lição importante, que precisamos aprender.

Meditações Diárias, 05 Abr. 2015 - Privação Financeira

Meditações Diárias - Sol Serenat Omnia

LEITURA ANTERIOR: Meditações Diárias, 04 Abr. 2015 - As Colunas Doutrinárias

Privação Financeira

"Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus." Romanos 12:1

É mais fácil ser um sacrifício morto do que vivo. Pelo menos, com a morte, o sacrifício termina; em vida, porém, ele continua. Foi isso que aconteceu com os fundadores do adventismo.

Conforme já mencionamos, Bates tinha certa riqueza, mas depois de doar tudo para o milerismo, exceto a própria casa, passou o resto da vida em grandes apertos.

No entanto, ele não foi o único. Em abril de 1848, Tiago White escreveu que tudo que ele e Ellen possuíam, "incluindo roupas, lençóis e mobília, cabia em um baú de 90 centímetros, cheio somente até a metade. Nada tínhamos para fazer além de servir a Deus e ir aonde Ele abrisse o caminho para nós".

Contudo, viajar não era fácil naquela época, principalmente para alguém sem recursos. José Bates, por exemplo, sentiu a forte impressão, no início de 1849, de que era seu dever pregar a mensagem em Vermont. Sem dinheiro, ele decidiu ir andando do sul de Massachusetts até lá.

No entanto, ele não era o único convicto acerca dessa viagem missionária. Sarah, irmã de Ellen White, sentiu a forte impressão de que deveria ajudá-lo, pediu adiantamento de salário para o patrão e ainda resolveu trabalhar a mais, ganhando l dólar e 25 centavos por semana, a fim de custear as despesas de Bates.

A viagem deu frutos. Tiago White escreveu que Bates "passou por dificulda­des, mas Deus esteve com ele e muito bem foi realizado. Ele instruiu um número considerável de pessoas na questão do sábado, deixando tantos outros convictos a esse respeito".

Para nós que vivemos em uma época mais próspera, é difícil entender as pri­vações enfrentadas pelos primeiros adventistas para cumprir a missão. Mais tarde, Tiago White comentou que "os poucos que ensinavam a verdade viajavam a pé, na segunda classe de trens ou no convés de barcos a vapor, por falta de recursos". Ellen White comentou que tais viagens os expunham à "fumaça dos cigarros, [...] além do praguejar e da conversação vulgar da tripulação e dos viajantes de cama­da social inferior" (Tl, p. 77). À noite, muitas vezes eles dormiam no chão, em cai­xas de carga ou sacas de grãos, usando a mala como travesseiro e o casaco como cobertor. No inverno, caminhavam pelo convés para manter-se aquecidos.

E nós imaginamos que temos uma vida difícil, de sacrifícios! Pense mais uma vez. A maioria de nós não faz a menor ideia dos sacrifícios que foram necessários para a consolidação de nossa igreja.

Meditações Diárias, 04 Abr. 2015 - As Colunas Doutrinárias

Meditações Diárias - Sol Serenat Omnia


As Colunas Doutrinárias

"Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina. Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina." 2 Timóteo 4:2, 3

No início de 1848, os líderes adventistas do sétimo dia haviam chegado a uma concordância geral em relação a pelo menos quatro pontos doutrinários, por meio do estudo extensivo e intensivo da Bíblia:

1. Retorno pessoal, visível e pré-milenar de Jesus.

2. A purificação do santuário celestial, com o ministério de Cristo no segun­ do compartimento, que começara em outubro de 1844 - o início do antitípico Dia da Expiação.

3. O dever de guardar o sábado, o sétimo dia, e seu papel no grande conflito no contexto do tempo do fim, profetizado em Apocalipse 12-14.

4. A imortalidade não como qualidade não inerente, mas, sim, algo que as pessoas recebem somente mediante fé em Cristo.

Os adventistas sabatistas, posteriormente conhecidos como adventistas do séti­mo dia, passaram a considerar tais ensinos como "marcos" ou "colunas" doutriná­rias. Esse conjunto de crenças separa essa ramificação do adventismo não só dos outros mileritas, mas dos cristãos de modo geral. Essas quatro doutrinas distinti­vas se encontravam no coração do adventismo do sétimo dia em desenvolvimen­to, definindo-o como um movimento e um povo diferenciado. As chamadas colu­nas doutrinárias formavam o cerne inegociável da teologia adventista.

O leitor cuidadoso pode se perguntar por que eu não incluí a doutrina dos dons espirituais e sua relação com Ellen White na lista acima. Embora se trate de uma perspectiva adventista única, o assunto só passou por tentativas de formu­lação doutrinária nas décadas de 1850 e 1860. Além disso, a própria Ellen White não considerava tal ensino uma das colunas.

É claro que os guardadores do sábado compartilhavam diversas crenças com outros cristãos, como a salvação pela graça mediante a fé no sacrifício de Jesus e a eficácia da oração. Contudo, nos primeiros anos, o ensino adventista se concen­trava naquilo que diferia dos outros cristãos, não nas semelhanças.

Tal omissão acabaria causando problemas teológicos com os quais teriam de lidar nos anos 1880. Falaremos mais sobre esse assunto depois.

Por enquanto, podemos agradecer a Deus a clareza dos fundadores do adven­tismo do sétimo dia em seu estudo teológico. A boa notícia é que o sistema de crenças proposto por eles faz todo sentido.

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