sábado, 16 de abril de 2016

SOCIEDADE: Mudanças Climáticas e a Economia

Mudanças Climáticas - Sol Serenat Omnia

As mudanças climáticas podem gerar um rombo de US$ 2,5 trilhões no valor dos ativos financeiros em todo o mundo, de acordo com a primeira grande estimativa de modelagem econômica já realizada sobre o assunto.

Essas perdas valem para o cenário da temperatura média da superfície global alcançar 2,5° C acima do nível pré-industrial, até 2100.

O estudo é assinado por pesquisadores do Instituto de Pesquisa Grantham sobre Mudanças do Clima e do Ambiente na London School of Economics and Political Science and Vivid Economics e foi publicado hoje (4) na revista "Nature Climate Change".

Esse número, no entanto, pode ser maior. Nos piores cenários, muitas vezes usados pelos reguladores para verificar a saúde financeira das empresas e das economias, as perdas poderiam subir para US$ 24 trilhões, ou 17% de todos os ativos do mundo, e arruinar a economia global.

Os autores ressaltam que essas somas são maiores do que os US$ 5 trilhões estimados para a capitalização total do mercado de ações das empresas de combustíveis fósseis atualmente.

As perdas seriam causadas pela destruição direta de ativos devido ao aumento de eventos climáticos extremos e também por uma redução nos lucros para os afetados por altas temperaturas, secas, além de instabilidade geopolítica, entre outros impactos da mudança climática.

Segundo o pesquisador Simon Dietz, "os resultados podem surpreender os investidores, mas não será surpresa para muitos economistas que se debruçam sobre os efeitos das mudanças climáticas".

Se forem tomadas medidas para combater as mudanças climáticas, o estudo descobriu que seria possível reduzir as perdas financeiras globais.

"Ao longo dos últimos anos, os modelos econômicos vêm gerando estimativas cada vez mais pessimistas sobre os impactos do aquecimento global sobre o crescimento econômico futuro. Mas também descobrimos que cortar os gases de efeito estufa para limitar o aquecimento global a não mais do que 2°C reduz substancialmente o valor em risco frente ao clima."

Num cenário mais positivo, limitar o aquecimento a 2°C até 2100 reduziria significativamente as perdas. Nesse caso, o valor médio dos ativos financeiros globais em risco seria de US$ 1,7 trilhão, com 1% chance de que US$ 13,2 trilhões estejam em risco.

Preocupações sobre aquecimento global já encabeçam as discussões de economistas. Em janeiro, o Fórum Econômico Mundial disse que o fracasso da adaptação e mitigação das mudanças climáticas é a maior ameaça potencial para a economia global em 2016.

Graça e Paz!
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sexta-feira, 1 de abril de 2016

SOCIEDADE: O Novo Êxodo

Refugiados na Europa - Sol Serenat Omnia

A Convenção das Nações Unidas relativa ao Estatuto dos Refugiados, de 1951, informa que toda pessoa fora do seu país por perseguição, por motivos de raça, religião, nacionalidade, opinião política ou participação em grupos sociais, e que não possa (ou não queira) voltar para casa, pode ser considerada um refugiado. Definições mais amplas passaram a considerar como refugiados também pessoas que foram obrigadas a deixar seu país devido a conflitos armados, violência generalizada e à violação massiva dos direitos humanos.

Engana-se, contudo, quem pensa que o problema dos refugiados é restrito apenas ao Oriente Médio. Das fronteiras da Síria, Iraque, passando por Bangladesh, Sudão do Sul, Cuba, Haiti entre outros, a Organização das Nações Unidas (ONU) estima que existam mais de 59 milhões de refugiados espalhados pelo mundo em uma espécie de “novo êxodo”. Quase metade desse grupo é de crianças com um futuro nada promissor. A história de cada um deles é sempre complexa e na maior parte dos casos carregada de muita dor.

Não demorou muito tempo, depois de chegarmos ao Oriente Médio, para que os números e as estatísticas desse novo êxodo ganhassem nomes e rostos. Alguns deles conhecemos em nossa igreja, onde foram em busca de ajuda.  Ao visitá-los encontramos famílias completamente perdidas, sem nenhuma perspectiva futura.  Todos escaparam da morte, mas ainda carregam consigo a incerteza e o medo. Embora a maioria dos que entramos em contato seja de cristãos, conhecemos muçulmanos que também se tornaram alvo do terror não por motivos religiosos, mas apenas por terem muito dinheiro. Eles também tiveram que deixar suas vidas para trás para sobreviver.

Recentemente estávamos reunidos com uma família muçulmana quando eles nos contaram a razão de deixarem a cidade onde viviam confortavelmente e administravam seus negócios. Além dos constantes bombardeios em Bagdá, o medo do sequestro de um dos filhos era constante.  Segundo o pai, quando alguém é sequestrado a família tem apenas dois dias para levantar o montante exigido pelos criminosos. Caso não o faça a vítima é devolvida cozida e despedaçada, servida em uma grande travessa com arroz.  A vítima pode também ser decapitada e então entregue com a cabeça costurada dentro do seu próprio abdômen.  A crueldade dos terroristas realmente parece não ter limites.  Segundo a família, são os próprios sequestradores que fazem questão de entregar as vítimas em casa. Por essa razão eles deixaram o Iraque e tentam migrar para o Canadá.

Ao conversar com refugiados e moradores de regiões envolvidas em conflitos, cada vez mais entendo que a “guerra contra o terrorismo” na verdade tem muito pouco de religião e muito, mas muito interesse político e uma busca implacável por dinheiro e poder por trás.  O mote religião serve apenas para mascarar os desejos espúrios da minoria que lidera as ações nos respectivos países. Isso é lamentável, porque se existe algo que de fato poderia pôr um fim a tudo isso, seria exatamente a religião pura e verdadeira. Aquela que transforma o indivíduo, tornando-o uma pessoa melhor não apenas para si, mas principalmente para todos aqueles que se encontram ao seu redor. A religião que afeta positivamente a comunidade como uma consequência de os indivíduos estarem “religados” a Deus.

Em meio às atrocidades e o sofrimento dessas famílias refugiadas, nós podemos também ver os milagres da salvação. Milhares de pessoas tomaram conhecimento do verdadeiro Deus quando a dor os tirou da zona de conforto. Há uma saída para essa guerra pseudo-religiosa, mas obrigatoriamente ela passa pelo trono de Deus. Qualquer solução que não seja a volta de Jesus e o estabelecimento do Seu reino aqui na Terra será apenas um paliativo. Afinal, em diferentes circunstâncias, é claro, todos nós estamos longe do nosso verdadeiro lar. Somos todos refugiados de uma maneira ou de outra. Quando Jesus andou por aqui Ele provou que a maior força contra a crueldade, a intolerância e o terrorismo é o amor. E se existe alguém que pode pôr um fim a tudo isso, esse alguém é Jesus. Oremos para que Ele ponha um ponto final em todo o sofrimento e que todos Seus filhos, refugiados e em trânsito nesse novo êxodo possam logo chegar à Terra Prometida.

Graça e Paz!

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